Arguido acusa primo de ter matado empresário à facada e ferido gerente do bar Matriz
Nélson Monteiro, acusado de ter matado à facada José Ferreira, de 32 anos, à porta do bar Matriz, em Famalicão, acusou o primo (também ele arguido no processo) de ser o autor do homicídio no início do julgamento, esta quarta-feira, no Tribunal de Guimarães. O primo não quis, para já, falar ao coletivo de juízes.
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Segundo Nélson Monteiro, foi o primo o autor do golpe que feriu o gerente do bar, João Araújo, e foi também ele quem esfaqueou a vítima mortal com duas facadas. Apesar de, no primeiro interrogatório judicial, que o coletivo de juízes está a reproduzir na sessão de julgamento, ter dito que não viu nada, esta quarta-feira contou uma nova versão dos factos, à semelhança do que já tinha feito na instrução do processo.
Os dois primos terão fugido do bar e no seu encalce seguiu João Araújo, a quem Licínio Monteiro deu uma facada, segundo a versão de Nélson Monteiro. Depois, José Ferreira chegou junto do primo e este desferiu-lhe dois golpes com a mesma navalha.
Depois disso, ambos fugiram, referiu o arguido Nélson Monteiro, notando que foram à casa dos pais do primo e rumaram posteriormente a casa do irmão, onde estava toda a família. Aponta que o primo tirou a navalha da “mala” que trazia a tiracolo e atirou para o monte, algo presenciado por toda a família que estava toda no meio da rua.
Nélson Monteiro, que está indiciado por homicídio qualificado, explicou que na altura não contou nada porque não queria prejudicar o primo. “Pensei que o Licínio ia assumir o que fez”, afirmou. Os dois arguidos estão em prisão preventiva. À chegada ao tribunal, os familiares presentes no local envolveram-se em desacatos.