Seleção de algumas frases míticas de Pinto da Costa ao longo da presidência no F. C. Porto.
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“Lisboa não pode continuar a colonizar o resto do país. O desejo deles é que o F. C. Porto desça de divisão.”
No discurso de tomada de posse como 32.º presidente do F. C. Porto.
23-04-1982
“Aquilo que é imortal não pode ser destruído e o F. C. Porto é um clube que teve princípio, mas nunca terá fim. Ninguém é capaz de o destruir.”
Data desconhecida
“Vamos ver se a direção da FPF [Federação Portuguesa de Futebol] tem coragem de mandar o F. C. Porto para a II Divisão.”
Assumindo em Assembleia Geral (AG) que o F. C. Porto não jogaria a final da Taça de Portugal de 1982/83, perdida frente ao Benfica (0-1), em outro estádio além das Antas.
“Há uma coisa que tenho como garantia: não serei eu o presidente nos próximos 10 anos.”
Sobre o 10.º aniversário da sua primeira eleição como presidente do F. C. Porto.
RTP, 1992
“Está a dar-me uma boa ideia, porque assim vou abrir um hospital nas Antas. É capaz de ser um bom negócio com tantos feridos, mas não há notícia de ter ido a qualquer hospital... Se procurei saber? Sim, procurei.”
Confrontado sobre alegadas agressões a jornalistas por elementos do F. C. Porto.
Idem, ibidem
“Está complicado? Está, está… Mas olhe, o que é importante é que atiram pedras, não deixam receber a Taça, mas estamos na capital do Império e estou feliz com este espetáculo, que lindo que isto é… Faz parte deste espetáculo, estamos no ano da cultura. A ministra [da Educação, Manuela Ferreira Leite] também deve estar, mas não vem cá abaixo, porque não é tola, senão não era ministra.”
No rescaldo da conquista da oitava Taça de Portugal de futebol do F. C. Porto, com uma vitória sobre o Sporting (2-1, após prolongamento), na finalíssima da edição 1993/94, no Estádio Nacional, em Oeiras.
RTP, 10-06-1994
“Peço-vos a maior serenidade, porque acabo de ser avisado que a GNR vem a caminho do pavilhão do F. C. Porto com o pretexto de que estará aqui uma bomba. Se estiver aqui uma bomba, eu espero que ela expluda! Enquanto existir esta penhora, o F. C. Porto não se sentará com ninguém, não negociará a dívida nem pagará um tostão dela. Levem-nos o dinheiro, façam a Expo 98, a de 99 e até a de mil, mas daqui jamais levarão uma coisa: é a dignidade.”
Desafiando o Governo, após uma repartição de finanças do Porto ter emitido um auto de penhora de uma retrete no balneário dos árbitros do já demolido Estádio das Antas.
10-03-1994
“Jurei na campa de Rui Filipe que haveria de ser outra vez campeão. É bom que as pessoas não se esqueçam de que foi ele quem marcou o primeiro golo do F. C. Porto neste campeonato.”
No discurso de celebração do título de campeão nacional de futebol da época 1994/95, a primeira do 'penta'.
1995
“Toda a gente sabe que isso de Lisboa a arder não é desejo de ninguém. Há, em Lisboa, muitas coisas bonitas, a delegação do F. C. Porto, os Jerónimos, mas persistem mentalidades que ainda pensam que Portugal é a capital e o resto é paisagem. Essa mentalidade é que, no sentido figurado, gostaríamos de ver arder.”
1995
“Santana Lopes é um político que está em hibernação e se calhar prepara-se para voltar, não posso ir a nenhum frente a frente com ele porque não sou político. Foi secretário de Estado e ficou famoso por duas coisas: a pala de Alvalade e os violinos de Chopin. De futebol não posso falar porque não sabe nada, entrou para criar suspeição. É um ovni que vai passar. E olhe, transparência é isto? Jantaradas de dirigentes do Sporting com árbitros?.”
SIC, 1996
“Os ataques de Vale e Azevedo preocupam-me tanto como a caspa.”
Em resposta a críticas do presidente do Benfica, João Vale e Azevedo.
Data desconhecida
“Eu sou pentacampeão, pela primeira vez, e o seu clube [Benfica] é pentadescampeão, que também nunca tinha estado cinco anos sem ganhar. Árbitros? Se errarem a favor do F. C. Porto é porque está comprado, se errarem contra o F. C. Porto é diferente... Ganhámos porque voltámos a ser melhores.”
No rescaldo da conquista do 18.º título de campeão nacional do F. C. Porto, e quinto consecutivo, que estabeleceu uma sequência inigualável no futebol português, em 1998/99.
TVI, 1999
“Não há impossíveis no futebol e a prova disso foi o Benfica ter levado 7-0 do Celta de Vigo.”
Recordando a derrota mais volumosa de sempre Benfica nas competições europeias, que foi sofrida frente aos espanhóis do Celta de Vigo, na primeira mão da terceira eliminatória da Taça UEFA de 1999/00.
Data desconhecida
“Há muita gente que desde o princípio não quis o Euro2004 em Portugal. Estou do lado dos que tentam a realização do Campeonato da Europa no nosso país.”
07-02-2002
“Lisboa, como cidade, gosto muito. Gosto muito do Bairro Alto, acho lindíssimo, gosto muito de ir aos fados a Lisboa. O que não gosto é dos imigrantes em Lisboa que acham que Lisboa é que é o país e o resto não conta (…) O que sinto em relação ao F. C. Porto é que é uma espécie de último resistente ao centralismo. Todas as grandes instituições do Porto capitularam. O que ficou? O F. C. Porto.”
Espiral do Tempo, 2003
“A mim, a poesia relaxa-me. Quando estou mais stressado é quando mais procuro ler poesia. É o ideal para eu acalmar.”
Idem, ibidem
“Gosto imenso de teatro. A minha família era proprietária do Teatro São João e, desde pequeno, habituei-me a ir ao teatro e tive a sorte de apanhar ainda uma geração de grandes atores.”
Idem, ibidem
“Foi um momento inesquecível. Senti um grande orgulho e felicidade quando tive a oportunidade de lhe beijar o anel. O Papa reconheceu o símbolo e o presidente do F. C. Porto e apertou-me a mão três vezes em sinal de agradecimento. Foi um grande orgulho ouvi-lo falar em português e referir-se ao nosso clube.”
Ao ser recebido pelo Papa João Paulo II no Vaticano.
23-04-2003
“São muitos títulos, tenho essa felicidade... Não sei quantas Taças são, quantas Supertaças são, ganhámos as três provas internacionais... Já me tinham feito o funeral, já me tinham arranjado um lugarzinho, mas 20 anos depois ainda continuo a contribuir com a minha parte para ganhar.”
No rescaldo da conquista do 19.º título de campeão nacional de futebol do F. C. Porto, o primeiro em quatro anos, em 2002/03.
2003
“Toda a gente reconheceu o nosso mérito, a começar pelo presidente do Celtic, que disse que o F. C. Porto era possivelmente a melhor equipa da Europa. É agradável ouvir isso.”
Na chegada a Portugal, após a conquista da Taça UEFA de futebol com uma vitória sobre os escoceses do Celtic (3-2, após prolongamento), em Sevilha, na Espanha.
22-05-2003
“O Deco é invendável, inegociável e imprestável.”
A propósito do interesse de vários clubes no futebolista internacional português.
2003
“O F. C. Porto ganhou a Champions e os jogadores são falados em toda a parte porque demonstraram que são grandes jogadores. No caso do Ricardo Carvalho, toda a gente já conhecia menos o [selecionador nacional] Luiz Felipe Scolari... O senhor Camacho está à espera dele no Real Madrid? Que espere sentado, porque pode ganhar varizes.”
Numa homenagem pela conquista da Liga dos Campeões 2003/04, com uma vitória sobre os franceses do Monaco (3-0), em Gelsenkirchen, na Alemanha.
2004
“Antes das meias-finais da Liga dos Campeões, quando eu soube que ele se tinha reunido com Jorge Mendes, Abramovich e Peter Kenyon num restaurante, percebi logo que estava de saída. No meu livro falo da sua entrada, da sua permanência no clube e na forma bizarra como saiu.”
Sobre a saída do treinador José Mourinho para os ingleses do Chelsea.
02-12-2004