Avançado sueco continua a ser gerido com toda a precaução e a jogar com claras limitações físicas, arrastando-se em campo. Sporting e treinador mantêm o tabu quanto ao problema que vem limitando o goleador da equipa.
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Às vezes dá a sensação que nem Rui Borges sabe o que fazer e o que dizer sobre Viktor Gyokeres. O avançado sueco voltou a suplente frente ao Borussia Dortmund e no tempo que esteve em campo fez pouco comparado com o que já se lhe viu desde que chegou a Alvalade, no início da época passada, dando azo a mais inquietações entre os adeptos e a mais dúvidas sobre o que realmente se passa com o melhor marcador da equipa.
Seja o que for, é evidente que tem prejudicado o rendimento de Gyokeres e, por arrasto, da equipa, que, ainda assim, lidera o campeonato. Desde a final da Taça da Liga, perdida para o Benfica, o Sporting realizou sete jogos e o internacional sueco apenas foi titular em um (Nacional), sendo, por outro lado, ausência forçada em dois (Bolonha e Farense). De resto, foi suplente utilizado em quatro jogos, entrando sempre na segunda parte. Mas se contra o Rio Ave e o Leipzig, o impacto foi sentido, marcando em ambos os jogos, o mesmo já não aconteceu nos últimos dois. Quer contra o F. C. Porto quer contra o Borussia Dortmund, Gyokeres foi presa fácil para os defesas, ao ponto de algumas expressões faciais e a sua linguagem corporal exporem sinais de desalento e dificuldades.
Ao ficar em branco no duelo da primeira mão dos playoff da Liga dos Campeões, que terminou numa derrota pesada para o campeão nacional (0-3), Gyokeres averbou o terceiro jogo consecutivo sem marcar, algo que ainda não havia acontecido nesta temporada.
Os esclarecimentos do clube sobre o que pode estar a limitar o jogador, de 26 anos, têm sido todos feitos pelo treinador Rui Borges, que, como é normal, também começa a dar sinais de desgaste por ter que responder sempre às mesmas questões. Já desmentiu um problema num joelho e na terça-feira, após a derrota com o Dortmund, disse que da parte dos leões “não podemos estar a especificar a lesão”, defendendo que as dificuldades evidenciadas por Gyokeres estão relacionadas com a perda de ritmo competitivo.
“É normal, em alguém que parou algum tempo, ter dificuldades. Não é um problema físico, tem a ver com falta de ar, com os pulmões. Teve alguma perda de treino, teve alguma perda de condição física e tem de a ganhar”, salientou Rui Borges.
Perante a insistência sobre o porquê de não haver mais informações sobre o estado físico de Gyokeres, o treinador do Sporting diz serem questões que não fazem sentido.
“Agora, estão preocupados com o Viktor e em especificar a lesão, mas há coisas que a mim não fazem muito sentido. Quererem saber tudo o que se passa com ele… O Viktor tem um problema físico, como há sempre com os jogadores, e os clubes não dizem as lesões dos jogadores todos. Só dizem quando são lesões de grande tempo de paragem, como nos joelhos”, apontou Rui Borges.
Após o final do jogo com o Borussia Dortmund, Gyokeres permaneceu no relvado durante mais alguns minutos, realizando alguns exercícios de corrida antes de recolher ao balneário. Os leões começam a preparar o próximo jogo, frente ao Arouca, esta tarde, mas não há certezas se Gyokeres participará no apronto nem em que condições chegará a sábado, dia da receção aos arouquenses. Mais de um mês depois de apenas ter jogado nove minutos frente ao Rio Ave, as dúvidas persistem e os problemas físicos também.