Vídeos captados após as agressões mostram membros do grupo Sangue e Honra. Alguns têm cadastro por crimes graves.
Corpo do artigo
A PSP está a investigar a brutal agressão, com uma soqueira, ao ator da companhia de teatro A Barraca Adérito Lopes, ontem à noite, à porta do Cinearte, no Largo de Santos, em Lisboa. O presumível agressor, de 20 anos, foi identificado pela Polícia, mas não detido. As autoridades também investigam a eventual ligação do suspeito ao grupo neonazi Blood & Honour (“Sangue e Honra”, em português).
Imagens captadas nas imediações do teatro mostram alguns homens suspeitos de pertencerem a este grupo – classificado como “terrorista” em países como Espanha, Canadá e Alemanha e igualmente de caráter ideológico, mas mais discreto do que, por exemplo, o 1143 de Mário Machado e o Reconquista – a afastar-se do local. Nas imagens aparece João M., de 51 anos, que foi condenado a 17 anos e meio pelo espancamento mortal do luso-cabo-verdiano Alcindo Monteiro, no Bairro Alto, em Lisboa, a 10 de junho de 1995.
Outro indivíduo que esteve envolvido nos homicídios de Alcindo Monteiro e de outro homem com ascendência africana, em 1991, também integraria o grupo que anteontem agrediu Adérito Lopes. Este grupo costuma reunir-se, todos os anos, no Dia de Portugal. Na terça-feira, após a agressão, espalhou panfletos onde se lia a mensagem “Portugal aos portugueses”.