Um homem de 60 anos morreu, esta terça-feira, numa troca de tiros com a GNR, na aldeia de Calvelhe, no concelho de Bragança. Dois militares ficaram feridos, um deles com gravidade, por terem sido atingidos por tiros de caçadeira. A vítima mortal tinha saído da cadeia há um ano e meio.
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O caso começou junto ao estaleiro de uma obra, no centro da localidade, quando o sexagenário, Alcino Manuel dos Reis, se envolveu numa discussão com os operários, tendo aqui efetuado disparos com uma caçadeira.
Segundo informações do Comando Geral da GNR, pelas 16.20 horas, chegou ao Posto Territorial de Izeda uma denúncia referindo “que um indivíduo estava a efetuar disparos contra trabalhadores que se encontravam num estaleiro de obra”. “Atenta a situação de perigosidade, foram acionados seis militares para o local”, acrescentou.
Quando os militares chegaram, o suspeito já não se encontrava junto à obra, pelo que se dirigiram à sua casa para o identificarem. “Ao chegarem junto da residência e anunciarem a presença, os militares foram recebidos com disparos de arma de fogo, efetuados a partir de um casebre anexo, aos quais ripostaram em defesa própria”, informou a mesma da GNR.
Em resultado do tiroteio, os dois militares ficaram feridos e o agressor acabou por morrer.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Izeda, Óscar Esménio, explicou que, quando os meios de socorro chegaram ao local, “a vítima se encontrava em paragem cardiorrespiratória”. Ainda foi sujeita a manobras de reanimação, “que não surtiram efeito, disse. O óbito foi ali declarado pelo médico da Viatura Médica de Emergência e Reanimação.
Uma popular da localidade contou ao JN que Alcino Manuel dos Reis era conflituoso e violento e chegou a estar preso. Esta informação veio a ser confirmada, por fonte que acrescentou que o homem cumpriu mais do que uma pena de prisão, por desacatos e violência doméstica contra a mãe, e chegou a ser transferido da cadeia de Bragança devido aos conflitos aqui criados por si.
Tinha saído da cadeia, em regime de liberdade condicional, há pouco mais de um ano. E, desde então, vivia na aldeia de Calvelhe, onde voltou a ter problemas com a vizinhança.
A Polícia Judiciária está a proceder à investigação e os factos foram comunicados ao Ministério Público.