Ministério do Ambiente prepara campanha nacional para sensibilizar para a separação dos resíduos. Em 2022, mais de metade foram depositados em aterro.
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Enquanto a recolha e tratamento seletivos de resíduos não ganha escala, o Ministério do Ambiente prepara um plano de emergência para aumentar a capacidade dos aterros existentes. Num país onde, em 2022, de acordo com o mais recente Relatório do Estado do Ambiente, 57% dos resíduos urbanos foram depositados em aterro. Níveis que o Ministério liderado por Maria da Graça Carvalho considera “insustentáveis”. A meta, recorde-se, é chegar aos 10% em 2035.
A estratégia consta da nota explicativa do Orçamento do Estado (OE) para 2025 daquele ministério, que conta com uma despesa efetiva consolidada de 2480,9 milhões (+16,5% face à estimativa de execução de 2024). No que ao setor dos resíduos diz respeito, revelam que, em 2022, “dos 35 aterros existentes, apenas 13 apresentavam capacidade disponível superior a 20% em relação à licenciada”. Razão pela qual, sublinham, torna-se “inevitável e urgente encontrar soluções para aumentar a capacidade dos aterros existentes”. Isto “até que as recolhas e tratamento seletivos ganhem escala”. Situação que preocupa também a tutela do lado dos resíduos não urbanos, “havendo necessidade de renovação das infraestruturas existentes”.