Líder da NATO chamou a Trump "papá" em conversa sobre guerra entre Israel e o Irão
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, não tem poupado elogios ao presidente norte-americano, Donald Trump, durante a cimeira da Aliança Atlântica em Haia, mas inovou, esta quarta-feira, ao referir-se ao republicano como "papá".
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Trump e Rutte estavam em frente às câmaras a falar sobre o conflito entre Israel e o Irão. A certa altura, o presidente norte-americano comentou que Israel e o Irão comportavam-se como "duas crianças no recreio da escola". "Deixamo-los lutar durante dois ou três minutos e depois é fácil pará-los", explicou Trump.
Nesse momento, Rutte comentou que "há momentos em que o papá tem de usar uma linguagem mais dura".
"É preciso usar uma linguagem forte", concordou Trump. "De vez em quando, é preciso usar uma palavra específica".
O secretário-geral referia-se ao calão usado na véspera por Trump ao manifestar o seu receio de um rompimento da trégua que anunciou entre os dois países depois de 12 dias de ataques cruzados. "Não sabem que m... estão a fazer", escreveu o chefe de Estado dos EUA na sua rede social Truth Social.
"Bom amigo"
Durante a cimeira da NATO, o tom elogioso usado por Rutte em relação a Trump, a quem chamou várias vezes de "querido Donald", provocou surpresa.
Durante uma conferência de imprensa no final da cimeira, Rutte defendeu o tom dos seus elogios constantes ao presidente norte-americano, a quem chamou de "bom amigo". Segundo o secretário-geral da Aliança Atlântica, Trump "merece todos os elogios" por tomar uma "ação decisiva" contra o Irão e pressionar os aliados da NATO a aumentar de forma drástica os seus gastos militares.
Além disso, Rutte afirmou que Trump era um "homem de paz" por ter impulsionado uma trégua entre israelitas e iranianos, dois dias depois de o exército norte-americano ter bombardeado por ordem sua três instalações nucleares iranianas.