Ator estreou-se como apresentador do concurso a 29 de setembro de 2003. E chegou ao lugar através de um casting, longe de imaginar o sucesso que iria ter.
Corpo do artigo
São já duas décadas com Fernando Mendes na condução de “O preço certo”, na RTP 1, e “é com muita alegria” que cumpre a missão. Mas nem sempre foi assim, pois, no início, “não sabia o que era” e até foi algo contrariado, após ser escolhido num casting que enfrentou com descontração, “mesmo para não ser selecionado”.
Sem experiência, nem vontade de ser apresentador, o ator e humorista conquistou audiências logo na estreia, a 29 de setembro de 2003. Por isso, se voltasse atrás, a saber o que sabe hoje, “aceitava logo” o desafio. “Era de caras”, diz.
O formato continua a correr bem e Mendes reconhece que “‘O preço certo’ já faz parte da vida das pessoas, sem vaidade”. “Muita gente já não vive sem o programa”. Para o anfitrião, “é bom ter audiências, mas o mais importante é fazer algo de que gostamos e que as pessoas gostem”.
Fernando Mendes está à frente do concurso “sem prazo” e, a brincar, até diz que, “se calhar, é até engordar outra vez”. De resto, “gostaria de esclarecer que o programa não vai acabar como se tem dito por aí. Não faço é mais nenhum programa, sinto-me tão bem ali. Para quê mudar para outra coisa quando poderia não correr tão bem? Eu gosto da equipa que tenho”, declara. Por isso, resistiu sempre às investidas da concorrência, primando pela “ética de antigamente”.
Os presentes que divide
Durante os 20 anos de emissões, o artista lamenta a perda de “muitos amigos e muita família”.
“Quando ia gravar, às vezes ia muito triste”, confidencia, antes de destacar as alegrias, como “saber que as pessoas ganham prémios e é muito importante ver as pessoas felizes”. “Concorrentes sem posses a ganhar o prémio final é o mais positivo que tenho naquele programa”, salienta, sem esquecer os mimos mais peculiares que lhe levam “como uma sapateira viva, uma galinha viva…”.
Os presentes personalizados ficam para Fernando, mas há muita coisa que divide entre o pessoal da produção ou serve para ajudar instituições. “Atenção, nós não pedimos nada. As pessoas é que trazem para promoverem, e bem, as suas regiões. É importante promover o país e o programa dá para isso”, explica.
“Gosto mesmo de fazer aquilo”
Entre os episódios caricatos, conta-se aquele em que partiu um cenário quando se pôs em cima de uma trotineta e magoou o ombro. “Estas coisas são giras, mas também depende dos concorrentes. Se forem castiços, ajuda muito. Este programa também se deve muito aos concorrentes e ao público”.
A sua forma de estar inspirou a canção “Preço certo” de Pedro Mafama, que gravou o vídeo no estúdio, com o apresentador em ação.
Fernando Mendes confessa que gosta mesmo “de fazer aquilo”, sem deixar de andar na estrada com o espetáculo “Insónia”, que sobe ao palco do Casino da Póvoa a 14 de outubro.