Mãe de brasileiro morto em Carcavelos não consegue passaporte para se despedir do filho
A mãe do jovem brasileiro, de 22 anos, que morreu na madrugada de domingo na sequência de um desentendimento com o funcionário de uma rulote situada junto à praia de Carcavelos, em Cascais, viu o seu pedido de passaporte urgente ser-lhe negado.
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Elisete, mãe de Bruno Ribeiro, não via o filho há cinco anos e pode perder a possibilidade de fazer as despedidas fúnebres. "Esse rapaz tirou tudo o que eu tenho, tirou o meu filho, era tudo que eu tinha na vida. Porque fizeram isso com ele? Está doendo tanto", afirmou ao G1. "A gente não tem apoio nenhum, nem do consulado, nem de nada. Eu não consegui tirar o meu passaporte de emergência, foi negado. Eu não tirei meu passaporte antes porque ele me disse que viria em dezembro. Não deu tempo", acrescentou a mulher, que pede justiça.
Tal como o JN noticiou, o alerta foi para o crime foi dado antes das 5 horas para uma altercação ocorrida na Avenida Jorge V, envolvendo um funcionário de uma rulote, com pouco mais de 30 anos e que foi detido, e um cliente, o jovem de 22 anos, confirmou fonte da PSP. "Há uma troca de palavras e os funcionários da rulote terão sido ameaçados. É aí que o autor do crime sai de dentro do balcão, vem cá para fora e há a agressão", explicou.
Já a namorada da vítima mortal, Gabriela Escalante, afirmou ao portal brasileiro que estava com o namorado e um amigo a comer quando, a determinado momento, se afastou da mesa. Foi nessa altura que o funcionário da rulote se aproximou e terá começado uma discussão com os dois rapazes.
“Ele caiu no chão e o nosso amigo tentou ajudar, mas o cozinheiro ainda bateu com o pau no braço dele”, relatou Gabriela. Questionada sobre o motivo que esteve na origem da discussão, a mulher não soube responder já que não estava perto do namorado nesse momento.
Bruno, que vivia em Portugal com o pai há cinco anos, morreu no local. “O Bruno era uma pessoa muito boa, brincalhão e não arranjava confusão com ninguém. Toda a gente gostava dele”, afirmou o tio da vítima, Roberto Ribeiro.
Em resultado da agressão, o jovem caiu ao chão e entrou em paragem cardiorrespiratória. A equipa do INEM ainda tentou manobras de reanimação, mas a morte do jovem acabaria por ser declarada no local.