Acompanhe ao minuto a escalada da violência no conflito entre Israel e o Hamas.
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Findado o período de 24 horas que Israel deu para a retirada da população da zona Norte da Faixa de Gaza, as forças israelitas estão a bombardear o território por via aérea.
Termina a esta hora o prazo de 24 horas que Israel deu para a evacuação da Faixa de Gaza. Há momentos, o primeiro-ministro israelita reiterou que quer "limpar a área de terroristas e armas". A ordem de retirada de todas as pessoas que estão no hospital de Gaza, onde estão a ser tratadas as vítimas dos ataques israelitas em território palestiniano, foi prolongada até às 6 horas (4 horas em Portugal continental), confirmou a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras.
A ordem de evacuação de Israel para Gaza equivale a uma “sentença de morte” para pacientes hospitalares vulneráveis, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS). “Imploramos a Israel que reverta esta decisão. Transferir os pacientes colocaria AS suas vidas em risco imediato, bem como as vidas dos profissionais de saúde”, escreveu o líder da OMS, Tedros Ghebreyesus, na rede social X (ex-Twitter), apelando à “reversão imediata” da "ordem de evacuação de Gaza para proteger a saúde das pessoas e reduzir o sofrimento".
“Devido aos contínuos ataques aéreos e às fronteiras fechadas, os civis não têm para onde ir. Apelamos à criação urgente de um corredor humanitário para a prestação segura de ajuda", concluiu.
Falando à nação e ao mundo, o primeiro-ministro israelita prometeu que a ofensiva que o Exército israelita se prepara para lançar hoje sobre Gaza "é só o princípio". "Não vamos deixar que ninguém esqueça estas tragédias. Vamos erradicar o Hamas e trazer a vitória. Isto é só o princípio. Os nossos inimigos só começaram a pagar agora", disse Benjamin Netanyahu, destacando um "apoio internacional sem precedentes".
O número de israelitas mortos em consequência do ataque surpresa do movimento islamita palestiniano Hamas subiu para 1400, noticiou esta sexta-feira a imprensa hebraica citando fontes sanitárias, enquanto as vítimas dos bombardeamentos israelitas a Gaza aumentaram para 1800.
Em Israel foram também hospitalizados mais de 3430 feridos, dos quais mais de 350 em estado crítico ou grave, de acordo com o Ministério da Saúde israelita.
O Governo israelita confirmou a morte de 258 soldados em combates contra o Hamas durante a luta pela recuperação de terreno controlado pela organização islamita, que se prolongou até terça-feira, embora este número possa ainda aumentar.
O executivo de Israel notificou as famílias afetadas de 120 casos confirmados de reféns transportados para a Faixa de Gaza, enquanto o Hamas assegurou hoje que 13 cativos morreram nas últimas horas nos bombardeamentos do Exército israelita, depois de na segunda-feira ter informado da morte de outros quatro sequestrados nas mesmas circunstâncias.
O balanço das vítimas dos bombardeamentos aéreos israelitas sobre a Faixa de Gaza, onde o Hamas está no poder desde 2007, atingiu já 1799 mortos, além de 6388 feridos, a que se somam 47 mortos na Cisjordânia, onde hoje pereceram pelo menos dez palestinianos baleados pelas forças de segurança israelitas e por colonos de extrema-direita, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.
Com os cerca de 1200 combatentes do Hamas que morreram em combate com o Exército israelita entre o ataque de sábado e a recuperação do terreno concluída na terça-feira, o saldo total destes sete dias de guerra ultrapassa largamente os 4400 mortos.
Embora a grande maioria das mortes de palestinianos se deva aos bombardeamentos israelitas à Faixa de Gaza, a violência está também a aumentar na Cisjordânia ocupada.
O rabinato israelita autorizou excecionalmente os fiéis a manterem um rádio ligado durante o dia de repouso semanal judaico para a eventualidade de alerta de rockets sobre Israel.
De acordo com a lei judaica, é proibido durante o sabat qualquer trabalho ou ato que gere energia, como acender a luz, ligar um rádio ou conduzir um carro. Devido à guerra, várias estações de rádio irão manter as emissões apenas para transmitir aos ouvintes instruções de segurança. Além disso, o rabinato também apelou aos fiéis para não se deslocarem a sinagogas distantes dos abrigos e para optarem pela oração individual ao invés da coletiva.
O Ministério dos Transportes anunciou que os comboios, que nunca operam durante o sabat, estarão em funcionamento durante este dia de repouso e a companhia aérea israelita El Al também irá realizar “voos especiais” para transportar para Israel reservistas atualmente fora do país.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou esta sexta-feira que "até as guerras têm regras" e que nalguns casos "simplesmente não é possível" mover mais de um milhão de palestinianos, como pretende Israel na Faixa de Gaza.
Numa declaração à imprensa antes de uma reunião do Conselho de Segurança à porta fechada sobre a situação no Médio Oriente, Guterres abordou as ordens de Israel para que os palestinianos de Gaza e arredores se desloquem para o sul do território.
"Mover mais de um milhão de pessoas através de uma zona de guerra densamente povoada para um local sem comida, água ou alojamento, quando todo o território está sob um cerco, é extremamente perigoso e, em alguns casos, simplesmente não é possível", disse.
"Os hospitais no sul de Gaza já estão lotados e não poderão aceitar milhares novos pacientes vindos do norte", frisou.
A presidente da Comissão Europeia fez esta sexta-feira, pela primeira vez desde sábado, uma distinção entre o ataque do movimento islamita Hamas e a população palestiniana, e defendeu que “o terror” também está a ameaçar “os inocentes palestinianos”.
“Quero deixar bem claro que o Hamas é o único responsável pelo que está a acontecer. Os atos do Hamas não têm nada que ver com as legítimas aspirações da população palestiniana. Pelo contrário, o horror desencadeado pelo Hamas só está a trazer mais sofrimento aos inocentes palestinianos”, sustentou Ursula von der Leyen, em comunicado, depois de um encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em Telavive.
A presidente da Comissão e a líder do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, deslocaram-se esta sexta-feira a Israel para demonstrar a solidariedade da União Europeia (UE) para com a população israelita, depois de um ataque surpresa perpetrado pelo Hamas no último fim de semana e que foi considerado o pior na história do país.
Não foi apenas no Médio Oriente que, esta sexta-feira, se fizeram ouvir vozes de apoio à causa palestiniana. Também na Europa, com foco em França, os manifestantes saíram às ruas, em resposta ao apelo de Khaled Meshaal, ex-líder do Hamas, que pediu aos muçulmanos e apoiantes da Palestina para protestarem contra Israel. O “Dia da Raiva” teve expressão em várias cidades, enquanto milhares de pessoas fugiam da zona Norte da Faixa de Gaza.
A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou, esta tarde, que Israel deu um prazo de apenas duas horas para a evacuação do hospital Al Awda, em Gaza. Apesar da ordem, a equipa da MSF no local ainda está a tratar pacientes, escreveu numa mensagem publicada na rede social X (ex-Twitter), em que condena "o contínuo derramamento de sangue indiscriminado e os ataques aos cuidados de saúde em Gaza”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reiterou esta sexta-feira, durante uma visita a Israel, o apoio da União Europeia ao país. "Este é o momento de nos solidarizarmos com Israel e o seu povo", frisou, ao lado do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
"Deixo claro que o Hamas é o único responsável pelo que está a acontecer", acrescentou.
O exército israelita bombardeou, esta sexta-feira, os arredores de várias cidades fronteiriças do sul do Líbano, na sequência de uma explosão na vedação da fronteira entre os dois países, segundo fontes securitárias libanesas e jornalistas da AFP no local.
Uma fonte da segurança libanesa indicou que o bombardeamento se seguiu a uma "tentativa de infiltração" a partir do Líbano, a que se seguiu uma troca de tiros na fronteira, de acordo com al-Manar, o canal libanês do movimento xiita Hezbollah.
O exército israelita anunciou que tinha disparado artilharia contra o território libanês após "uma explosão na vedação da fronteira".
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou, esta sexta-feira, que Pequim vai dar ajuda humanitária à Faixa de Gaza através da ONU e defendeu que a solução de "dois Estados" é a única viável para o Médio Oriente.
A Palestina está "numa situação crítica" e a prioridade é "parar esta luta o mais rapidamente possível para evitar que se espalhe", afirmou Wang Yi à imprensa em Pequim, depois de copresidir o Diálogo Estratégico UE-China em conjunto com o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.
"Vamos fornecer ajuda humanitária de emergência à Faixa de Gaza através dos canais da ONU", anunciou, indicando que a China está a falar com as partes envolvidas e que participará nas reuniões do Conselho de Segurança da ONU para "proteger os civis".
E prosseguiu: "Devemos fazer todos os esforços para proteger os civis e abrir uma passagem humanitária. Os países envolvidos devem permanecer calmos e contidos, ser objetivos e trabalhar para a diminuição das tensões".
A chefe da diplomacia alemã acusou hoje o Hamas de usar a população de Gaza, que está a ser bombardeada por Israel há seis dias consecutivos, como "escudo" e garantiu a Telavive a "solidariedade abrangente" da Alemanha.
"No seu cálculo pérfido, o Hamas está a esconder-se atrás de pessoas inocentes e a usá-las como escudos em Gaza", afirmou Annalena Baerbock, durante uma visita a Israel na qual se encontrou com o seu homólogo israelita, Eli Cohen.
"O Hamas tomou toda a população de Gaza como refém", lamentou durante uma conferência de imprensa realizada após a reunião dos dois ministros dos Negócios Estrangeiros.
"Os túneis, depósitos de armas e centros de comando estão deliberadamente localizados em prédios de apartamentos, supermercados e universidades. E talvez até em hospitais", criticou.
Os dois responsáveis encontraram-se em Netivot, cidade no sul de Israel, perto da Faixa de Gaza, e visitaram uma casa onde três membros de uma família foram mortos por um foguete disparado pelo Hamas.
"Todos somos israelitas nestes dias", declarou Baerbock, garantindo a Cohen a "solidariedade abrangente" da Alemanha.
O rabinato israelita autorizou excecionalmente os fiéis a manterem um rádio ligado durante o "sabat", o dia de repouso semanal judaico, para a eventualidade de alerta de rockets sobre Israel, em guerra com o movimento islamita palestiniano Hamas.
Segundo a lei judaica, qualquer trabalho ou ato que gere energia, como acender a luz, ligar um aparelho de rádio ou conduzir uma viatura, são proibidos durante o "sabat". Mas por causa da guerra, várias estações de rádio anunciaram que emitiriam, só para informar os ouvintes de instruções de segurança.
Assim, os rádios poderão, estar ligados desde o início do "sabat", hoje antes do pôr-do-sol, até ao final do "sabat", no sábado ao cair da noite.
O rabinato pediu também aos fiéis que não se desloquem a sinagogas distantes dos abrigos e que optem pela oração individual em vez da coletiva, em caso de risco de segurança.
Por sua vez, o Ministério dos Transportes anunciou que os comboios, sempre parados no 'sabat', estarão excecionalmente em funcionamento durante o dia de repouso desta semana.
Milhares de palestinianos estão a fugir para o sul da Faixa de Gaza, após o aviso nesse sentido do exército israelita, que continua a bombardear o enclave palestiniano em resposta ao ataque do Hamas, desencadeado há uma semana.
Segundo reporta a agência noticiosa France-Presse (AFP), os palestinianos, que vivem no norte deste território de 362 quilómetros quadrados e controlado pelo Hamas, considerado um grupo terrorista pela União Europeia (UEE), Estados Unidos e Israel, partiram de carro, mota, camião ou a pé.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, tinha recusado a retirada da população exigida por Israel, que ordenou a deslocação para o sul do enclave, medida que poderá indiciar uma ofensiva terrestre contra o território palestiniano
Na manhã desta sexta-feira, o exército israelita apelou "à retirada de todos os civis da cidade de Gaza das suas casas para sul, para sua própria segurança".
Na cidade de Gaza, folhetos em árabe lançados por drones (aparelhos voadores não tripulados) israelitas apelavam aos residentes para abandonarem as suas casas "imediatamente".
Centenas de pessoas começaram então a fugir por todos os meios, a pé, amontoadas em reboques de camiões, em carrinhos ou de carro.
O Hamas, no poder em Gaza desde 2007, rejeitou o apelo à evacuação.
"O nosso povo palestiniano rejeita a ameaça dos dirigentes da ocupação e os seus apelos para que abandonem as suas casas e fujam para o sul ou para o Egito", declarou
O presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu esta sexta-feira fazer "tudo o que estiver ao seu alcance" para libertar os cidadãos dos EUA feitos reféns pelo Hamas, no excerto de uma entrevista divulgado pela cadeia CBS.
Joe Biden irá hoje falar por videoconferência com as famílias americanas cujos cujos membros poderão estar entre os reféns do movimento islamita Hamas, segundo a CBS.
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Pelo menos 1799 pessoas foram mortas em ataques israelitas na Faixa de Gaza desde o início da guerra desencadeada pelo ataque sangrento do Hamas contra Israel, a 7 deste mês, informou hoje o Ministério da Saúde palestiniano.
Num comunicado, o ministério afirmou que entre as vítimas mortais estão 583 crianças e 351 mulheres, enquanto mais de sete mil pessoas ficaram feridas.
O chefe da Defesa norte-americana, Lloyd Austin, acusou esta sexta-feira o Hamas de ter elevado o mal a um nível superior ao do grupo terrorista Estado Islâmico, mas pediu profissionalismo e disciplina às forças israelitas.
"As forças israelitas são profissionais, disciplinadas e estão concentradas nas questões certas. Esperamos deles o mesmo que no passado. São bem lideradas e esperamos que sejam disciplinadas", afirmou Austin em Telavive.
Tendo ao lado o homólogo israelita, Yoav Gallant, com quem se reuniu, Austin aludia à contraofensiva em curso na Faixa de Gaza, o território controlado pelo Hamas onde residem 2,3 milhões de palestinianos.
"Democracias como as nossas são mais fortes e mais seguras quando respeitamos as leis da guerra", disse Austin, citado pela AFP.
O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, afirmou esta sexta-feira que a causa do conflito entre Israel e o Hamas é uma "injustiça histórica" contra os palestinianos, depois de se reunir em Pequim com o chefe da Política Externa da UE, Josep Borrell.
"A raiz deste problema reside no longo atraso em tornar realidade a aspiração da Palestina de estabelecer um Estado independente e no facto de não se ter corrigido a injustiça histórica sofrida pelo povo palestiniano", declarou Wang, após a reunião com Borrell.
Muitos países e organizações que já se pronunciaram sobre a ordem de evacuação de Gaza emitida esta sexta-feira por Israel pediram a suspensão do ultimato, alertando para as consequências, mas os aliados lembram o direito de Jerusalém a defender-se.
Na Europa, as posições divergem, com os apoios a tenderem mais para o lado Israelita.
"O Hamas é como o EI, como as SS, como a Gestapo, fazem as mesmas coisas, são terroristas, assassinos e usam o povo palestiniano como escudo, o que não está certo", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, durante uma visita ao sul de Israel.
"Temos de evitar mais mortes inocentes", acrescentou, explicando que a sua visita à cidade israelita de Netivot, perto da fronteira com Gaza, se destinava a mostrar a solidariedade de Roma com Israel.
O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, alertou esta sexta-feira o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que a retirada em massa da população na Faixa de Gaza significaria "uma segunda Nakba", em referência ao êxodo palestinianos em 1948.
Nakba, na língua árabe, significa catástrofe ou desastre. Centenas de milhares de palestinianos fugiram ou foram expulsos durante o conflito que eclodiu após a criação do Estado de Israel em 1948.
Numa reunião com Blinken em Amã, capital da Jordânia, Abbas rejeitou "a deslocação do povo da Faixa de Gaza, porque isso seria uma segunda Nakba", segundo um comunicado publicado pela agência de notícias oficial palestiniana Wafa.
O líder palestiniano falou sobre esta questão após o Exército israelita ter apelado hoje à retirada de civis do norte da Faixa de Gaza, incluindo a Cidade de Gaza, e instado a deslocarem-se para sul, o que implica a movimentação de mais de um milhão de pessoas e sugere uma operação terrestre iminente por parte de Israel.
O movimento xiita libanês Hezbollah está "totalmente preparado" para intervir contra Israel quando chegar o momento, garantiu esta sexta-feira o "número dois" do grupo pró-iraniano a centenas de apoiantes que se manifestaram em Beirute para expressar apoio aos palestinianos.
"O Hezbollah segue os movimentos do inimigo. Estamos totalmente preparados e entraremos em ação quando chegar o momento certo", avisou o xeque Naïm Qassem, um dos vice-líderes do movimento.
Estas declarações surgem no meio de receios de que o poderoso Hezbollah, aliado do Irão, possa abrir uma nova frente contra Israel a partir do Líbano.
"Os contactos de bastidores que nos são feitos, direta e indiretamente, pelas grandes potências, pelos países árabes e pelos enviados da ONU, pedindo-nos que não intervenhamos na batalha, não nos afetarão", acrescentou.
O "número dois" do Hezbollah falava durante uma manifestação organizada pelo movimento num dos seus redutos nos subúrbios do sul de Beirute.
"Nasrallah, ataca Telavive", gritavam os manifestantes, segurando bandeiras palestinianas e do Hezbollah.
"Os meus avós foram atacados e expulsos da Palestina pelos israelitas. O sangue não vai parar de correr enquanto não recuperarmos a Palestina", disse à agência AFP Najwa Ali, uma mulher palestiniana de 57 anos.
Segurando o retrato do seu filho, um membro do Hezbollah morto em 2016 na Síria, onde o grupo pró-iraniano está a lutar ao lado do regime de Damasco, disse que estava pronta para "oferecer o seu segundo filho" à causa.
O bispo do Porto pediu hoje às pessoas para rezarem pela contenção entre o Hamas e Israel, conflito que já provocou quase três mil mortos dos dois lados e cerca de meio milhão de deslocados na Faixa de Gaza.
"Convido toda a Diocese do Porto a elevar, ao Pai comum, súplicas pela contenção entre as partes, paz duradoura e salvaguarda dos valores típicos de uma humanidade adulta sob o ponto de vista cívico e moral", adiantou Manuel Linda na página oficial da Internet daquela diocese.
O Parlamento Europeu discute na próxima quarta-feira, em sessão plenária em Estrasburgo, o ataque do movimento islamita Hamas em Israel, que mereceu, esta sexta-feira, uma condenação veemente de todos os grupos políticos.
"Os desprezíveis ataques terroristas do Hamas em Israel" vão ser debatidos pelos eurodeputados, em conjunto com a Comissão Europeia e o Conselho Europeu, na manhã de quarta-feira, e o Parlamento Europeu (PE) deverá adotar uma resolução no dia seguinte, adiantou o porta-voz do PE Jaume Duch, numa comunicação à imprensa, em Bruxelas.
Mais de 1.300 pessoas foram mortas em Israel desde o ataque do movimento islâmico palestino Hamas em 07 de outubro em Gaza, revelou hoje o Exército israelita, atualizando o número de vítimas.
Mais de 3.200 pessoas ficaram feridas nesse ataque, enquanto as famílias de cerca de 150 reféns foram contactadas após o ataque do Hamas, acrescentou o Exército.
De acordo com o Governo israelita, mais de 150 cidadãos, estrangeiros e com dupla nacionalidade, permanecem detidos pelo movimento islamita Hamas.
Milhares de muçulmanos manifestaram-se hoje por todo o Médio Oriente em apoio aos palestinianos e contra os ataques de Israel a Gaza, com receio que o conflito possa alargar-se a toda a região.
Desde a Jordânia até ao Iémen, muçulmanos saíram às ruas após as orações semanais desta sexta-feira. Na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, lugar sagrado para muçulmanos e judeus, a polícia israelita apenas permitiu a entrada para orações a idosos e crianças para evitar o potencial de manifestação, já que milhares de pessoas costumam comparecer numa sexta-feira típica.
A polícia acabou por expulsar um grupo de jovens palestinianos da Cidade Velha, após recusar a sua entrada no extenso complexo de orações no topo da colina. Alguns fiéis com mais de 50 anos também viram a sua entrada recusada.
As autoridades de Israel instaram esta quinta-feira israelitas por todo o mundo a permanecerem vigilantes, depois do movimento islamita palestiniano Hamas ter convocado para hoje o "Dia da Raiva".
O Conselho de Segurança Nacional e o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelitas alertaram, numa declaração conjunta, que o Hamas “lançou um apelo a todos os seus apoiantes no mundo para realizarem um "Dia da Raiva" esta sexta-feira, incluindo um apelo para sair e prejudicar os israelitas e judeus”.
“A partir disso, é provável que haja eventos de protesto em vários países ao redor do mundo, que podem evoluir para eventos violentos", destacaram estas autoridades, citadas pelo The Jerusalem Post.
Devido à ameaça, estas autoridades recomendaram que “todos os israelitas no estrangeiro se mantenham vigilantes, afastados de manifestações e, se necessário, se mantivessem atualizados com as forças de segurança locais sobre possíveis manifestações e motins”.
Esta terça-feira, o ex-líder do Hamas, Khaled Meshaal, apelou aos muçulmanos e apoiantes de todo o mundo para "mobilizarem-se para a jihad [guerra santa muçulmana]" e reunirem-se em todo o mundo na sexta-feira.
“Quando o mundo vir que a nação triunfou para Al-Aqsa, e os comboios dos combatentes começaram a derramar o seu sangue pelo bem da Palestina, o cenário mudará”, frisou.
“Digo muito claramente que este é o momento para a nação se envolver na batalha e para lutarmos juntos”, acrescentou Meshaal.
O preço do barril de petróleo Brent subiu hoje 3,7% para mais de 89 dólares, cerca de 84 euros, depois de Israel ter dado 24 horas à população para abandonar Gaza, segundo especialistas em dados de mercado.
Concretamente, às 11 horas em Lisboa, o Brent, o petróleo de referência na Europa, estava a ser negociado a 89,2 dólares, cerca de 84 euros, mais 3,72% do que no fim da sessão de quinta-feira.
O petróleo de referência nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate (WTI), era transaccionado a 86,14 dólares (81 euros), com uma subida de 3,9% em relação a quinta-feira.
Todas as organizações humanitárias da ONU pediram hoje a Israel que cancele a sua ordem de evacuar completamente o norte de Gaza nas próximas horas "para evitar transformar o que já é uma tragédia numa situação de calamidade".
Tal como o resto da população de Gaza, todos os trabalhadores da ONU são afetados por este ultimato, bem como as 440.000 pessoas deslocadas que procuraram refúgio nas escolas e noutras instalações que a organização gere naquele território palestiniano.
O porta-voz da ONU em Genebra, Rolando Gómez, disse que altos responsáveis das Nações Unidas, em particular a coordenadora humanitária na região, Lynn Hastings, estão a "fazer todos os esforços" para que as autoridades israelitas recuem, dada a impossibilidade de cumprir a ordem.
A ordem dada por Israel aos palestinianos para se deslocarem para o sul da Faixa de Gaza é "uma transferência forçada" e constitui "um crime que ultrapassa a compreensão", afirmou hoje o presidente da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit.
"O que Israel está a fazer não é uma operação militar planeada ou estudada para desenraizar os grupos responsáveis pelos ataques contra si, mas um ato atroz de vingança (...) para punir os civis impotentes em Gaza", afirmou Aboul Gheit, numa carta urgente dirigida ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que já condenou a medida.
O grupo islamita palestiniano Hamas rejeitou o ultimato de 24 horas dado pelo exército israelita, o que implicaria a deslocação de cerca de metade dos 2,3 milhões de pessoas que residem na Faixa de Gaza.
"O nosso povo palestiniano rejeita a ameaça dos dirigentes da ocupação [israelita] e os seus apelos para que abandonem as suas casas e fujam para o sul ou para o Egito. Estamos firmes na nossa terra, nas nossas casas e nas nossas cidades. Não haverá deslocações", disse o Hamas num comunicado citado pela agência francesa France-Presse (AFP).
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão reuniu-se hoje em Beirute com o líder do movimento xiita libanês Hezbollah e exigiu que Israel pare os "crimes de guerra" sob pena de enfrentar um novo conflito na fronteira libanesa.
O exército israelita respondeu com bombardeamentos na Faixa de Gaza à ofensiva lançada no sábado passado pelo movimento islamita Hamas, mas, ao mesmo tempo, também realizou diversas operações na zona sul do Líbano, foco recorrente de tensões com o Hezbollah.
O Irão, aliado tanto do Hamas como do Hezbollah, tem defendido, nos últimos dias, os direitos dos milicianos palestinianos de se defenderem da ocupação israelita, embora tenha negado qualquer participação direta ou conluio no ataque.
O ministro iraniano, Hossein Amirabdolahian, admitiu que o conflito pode expandir-se, afirmando, em declarações à agência Bloomberg, que "a continuação dos crimes de guerra irá, sem dúvida, gerar reações noutras áreas da região".
"Claro que, caso os crimes de guerra e o bloqueio humanitário a Gaza e à Palestina continuem, qualquer possibilidade e decisão da resistência é possível", adiantou.
Mais de cinquenta blindados do Exército israelita estavam ao fim da manhã concentrados na zona leste da cidade de Sderot, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, registando-se disparos de artilharia de campanha.
Os carros de combate cruzaram uma estrada civil no leste da cidade e formaram uma coluna em movimento para a zona urbana atravessando campos de cultivo.
Além dos tanques, a coluna integra vários blindados de transporte de tropas e alguns carros blindados de engenharia para apoio direto aos soldados e à restante força mecanizada, encontrando-se a cerca de 4 quilómetros da Faixa de Gaza.
Esta movimentação dos blindados ocorre no dia sagrado da semana muçulmana, sexta-feira.
Ao mesmo tempo, um número significativo de veículos civis abandonava de forma ordeira a cidade, que se mantém aberta à circulação.
Além de comerciantes com camiões de carga que se dirigem para norte com mercadorias, há também algumas famílias de Sderot que se deslocam para norte.
Apesar de as ruas estarem desertas e os estabelecimentos comerciais encerrados, é impossível confirmar se a cidade foi de facto evacuada porque ainda são visíveis algumas pessoas, sobretudo homens, junto a alguns prédios e casas.
A circulação até ao ponto mais próximo de Gaza é feita principalmente por veículos militares e das forças policiais.
Apesar do deslocação dos blindados, até ao momento, a aviação de combate israelita apenas utiliza helicópteros de forma esporádica e que sobrevoa a zona norte de Gaza.
As autoridades palestinianas informaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) de que "é impossível" retirar doentes vulneráveis dos hospitais do norte de Gaza, como exige o exército israelita
"Com os ataques aéreos [israelitas] em curso, os civis já não têm locais seguros para onde ir. O Ministério da Saúde palestiniano informou a OMS que é impossível retirar doentes vulneráveis dos hospitais no norte de Gaza", disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, em conferência de imprensa.
Estes pacientes incluem pessoas gravemente feridas, bem como adultos, crianças e recém-nascidos, que dependem de cuidados intensivos.
Um funcionário da embaixada de Israel em Pequim foi atacado, esta sexta-feira, e posteriormente hospitalizado, anunciou o ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, que não deu mais pormenores.
Não se sabe o que desencadeou o ataque, que ocorreu após Telavive ter criticado a China pela declaração emitida por Pequim na sequência do ataque perpetuado pelo Hamas contra Israel, no sábado passado, que desencadeou a guerra em curso entre a organização islâmica, que controla a Faixa de Gaza, e o Estado judeu.
O ministério dos Negócios Estrangeiros israelita afirmou que o ataque não ocorreu nas instalações da embaixada. "O funcionário foi transferido para o hospital e encontra-se em estado estável", referiu a mesma nota, sem dar mais pormenores.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse esta sexta-feira que uma esperada ofensiva terrestre de Israel na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, levaria a baixas civis "inaceitáveis".
"A utilização de maquinaria pesada em zonas residenciais é uma questão complexa e com graves consequências", disse Putin em declarações televisivas. "O mais importante é que as vítimas civis serão absolutamente inaceitáveis".
A Rússia tem levado a cabo aquilo a que Moscovo chama uma operação militar na Ucrânia desde fevereiro de 2022, durante a qual se estima que milhares de civis tenham morrido depois de os ataques terem atingido numerosas áreas residenciais em todo o país.
"O mais importante agora é parar o derramamento de sangue", disse Putin, acrescentando que seu país estava "pronto para coordenar com todos os parceiros construtivos".
O Irão avisou hoje os Estados Unidos de que “devem controlar Israel” se quiserem evitar uma guerra regional na sequência da escalada do conflito israelo-palestiniano.
“A América quer permitir que Israel destrua Gaza, e isso é um erro grave”, disse o chefe da diplomacia iraniana, Hossein Amir-Abdollahian, durante uma visita a Beirute, citado pela agência francesa AFP.
“Se os americanos querem impedir o desenvolvimento da guerra na região, devem controlar Israel”, advertiu, em declarações aos jornalistas na capital libanesa.
O grupo islamita Hamas rejeitou hoje o ultimato de 24 horas dado pelo exército israelita para que os civis se retirassem do norte da Faixa de Gaza. A ordem israelita implica a deslocação de cerca de metade dos 2,3 milhões de pessoas que residem na Faixa de Gaza.
"O nosso povo palestiniano rejeita a ameaça dos dirigentes da ocupação [israelita] e os seus apelos para que abandonem as suas casas e fujam para o sul ou para o Egito", disse o Hamas num comunicado citado pela agência francesa AFP.
A ONU anunciou hoje a transferência do seu centro de operações e funcionários para o sul da Faixa de Gaza, na sequência de uma ordem de evacuação da zona dada pelo exército israelita.
Israel deu 24 horas aos civis e organizações internacionais para se retirarem do norte da Faixa de Gaza, no que a ONU disse implicar a movimentação de mais de um milhão de pessoas.
A ordem abrange a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês).
"A UNRWA transferiu o centro de operações e o pessoal internacional para o sul, a fim de continuar as operações humanitárias e o apoio ao seu pessoal e aos refugiados palestinianos em Gaza", escreveu a ONU nas redes sociais, segundo a agência francesa AFP.
A agência da ONU disse que as autoridades israelitas "devem proteger todos os civis que se encontram nos abrigos e nas escolas da UNRWA" na Faixa de Gaza, onde vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas.
A UNRWA lembrou que se trata de instalações que são propriedade das Nações Unidas.
"Devem ser protegidas em todas as circunstâncias e nunca devem ser atacadas, em conformidade com o direito humanitário internacional", acrescentou, segundo a agência espanhola EFE.
O exército israelita avisou hoje que vai operar com uma "força significativa" em Gaza nos próximos dias e apelou para que a população do norte do território se retire para sul para poder atacar o Hamas.
"Por entendermos que há aqui civis que não são nossos inimigos e que não os queremos atingir, estamos a pedir-lhes que se retirem", disse o porta-voz do exército de Israel, Jonathan Conricus, citado pela agência norte-americana AP.
A morgue do maior hospital de Gaza transbordou na quinta-feira de cadáveres, com os corpos a chegarem mais depressa do que as reclamações feitas pelos familiares, no sexto dia dos bombardeamentos israelitas no território com 2,3 milhões de pessoas.
Com uma quantidade elevada de palestinianos mortos todos os dias pela resposta israelita ao inédito ataque do Hamas, os médicos no enclave cercado disseram que ficaram sem lugares para colocar os cadáveres resultantes dos bombardeamentos mais recentes ou recuperados das ruínas dos escombros dos edifícios destruídos.
A morgue apenas pode processar 30 cadáveres de cada vez, e os seus trabalhadores têm de colocar o triplo desta quantidade fora dos frigoríficos e dezenas de outros, lado a lado, no parque de estacionamento. Alguns são mesmo colocados em tendas e outros ficam simplesmente no chão, de cimento, ao sol.
Cerca de uma semana depois de o Hamas ter feito um ataque inédito em território israelita, atravessando uma fronteira fortemente construída e matado cerca de 1.200 israelitas, os militares israelitas estão a preparar uma eventual invasão terrestre, algo inédito desde há cerca de uma década.
Centenas de celebridades de Hollywood assinaram hoje uma carta aberta condenando os "atos terroristas bárbaros" do Hamas, que matou mais de mil israelitas num ataque sem precedentes no passado fim de semana.
A atriz Gal Gadot, de origem israelita, é uma das mais de 700 signatárias da carta, que inclui estrelas como Jamie Lee Curtis, Chris Pine, Michael Douglas e Jerry Seinfeld.
Na carta, publicada pela Creative Community For Peace, pode ler-se: "O pesadelo dos israelitas tornou-se realidade quando os terroristas do Hamas se infiltraram nas cidades e aldeias israelitas.
"O Hamas matou e fez reféns homens, mulheres e crianças inocentes. Raptaram e assassinaram bebés e idosos", continua o documento.
"Isto é terrorismo. É errado. Não há qualquer justificação ou racionalização para as ações do Hamas. São atos bárbaros de terrorismo que devem ser denunciados por todos".
A ONU lançou um apelo de emergência de 294 milhões de dólares (279 milhões de euros) para "necessidades urgentes" na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, onde mais de 400 mil palestinianos fugiram de casa nos últimos dias.
O apelo, feito na quinta-feira, destina-se a levar ajuda a mais de 1,2 milhões de pessoas em Gaza e na Cisjordânia, afirmou o Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA), em comunicado, sublinhando que as organizações humanitárias já não dispõem dos recursos necessários para "responder adequadamente às necessidades dos palestinianos vulneráveis".
"Para garantir que os parceiros possam responder, é fundamental que os fundos sejam recebidos atempadamente através deste apelo", insistiu o gabinete da ONU, referindo que o financiamento da ajuda a Gaza e à Cisjordânia este ano tem sido "um desafio".
O plano humanitário da ONU para os dois territórios para este ano foi fixado em 502 milhões de dólares (476 milhões de euros) para ajudar 2,1 milhões de pessoas, mas está atualmente financiado em menos de 50%. Cerca de 60% dos agregados familiares em Gaza eram considerados em situação de insegurança alimentar antes do início das novas hostilidades.
De acordo com o OCHA, mais de 423 mil palestinianos foram deslocados nos últimos dias na Faixa de Gaza, que está cercada e a ser bombardeada pelo exército israelita em resposta ao ataque maciço do Hamas contra Israel, no sábado.
A agência da ONU para os refugiados palestinianos, que gere escolas na Faixa de Gaza, acolhe cerca de 64% destes deslocados em 102 dos seus estabelecimentos.
"A única central elétrica da Faixa de Gaza ficou sem combustível e deixou de funcionar, cortando a única fonte de eletricidade" no enclave, e "a maioria dos habitantes já não tem acesso a água potável", acrescentou o OCHA, referindo que um reservatório de água e uma central de dessalinização foram atingidos por ataques aéreos.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) "informou que algumas pessoas começaram a beber água do mar, que é muito salgada e contaminada por 120 mil metros cúbicos de esgotos não tratados todos os dias", acrescentou na mesma nota.
"As instalações de saúde estão sobrecarregadas, os stocks médicos são baixos e o acesso aos hospitais e aos cuidados médicos é dificultado pelas hostilidades e pelas estradas danificadas", indicou.
"Embora as atenções estejam centradas em Gaza, a situação na Cisjordânia continua tensa", salienta o OCHA, referindo-se também às deslocações de população.
Israel emitiu uma "ordem de deslocação" para cerca de 1,1 milhões de pessoas no norte da Faixa de Gaza para sul, em 24 horas, disse a ONU, que pediu a anulação da ordem.
Na quinta-feira, os funcionários da ONU em Gaza "foram informados pelos oficiais de ligação do exército israelita que toda a população a norte de Wadi Gaza tinha de ser deslocada para o sul no prazo de 24 horas", disse o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas Stéphane Dujarric.
Uma evacuação desta dimensão é "impossível sem causar consequências humanitárias devastadoras", acrescentou o porta-voz de António Guterres.
"Isto equivale a aproximadamente 1,1 milhões de pessoas. A mesma ordem abrange todo o pessoal da ONU e refugiados em instalações da ONU, incluindo escolas, centros de saúde e clínicas", indicou.
Dujarric pediu que esta ordem seja suspensa, "evitando o que poderá transformar uma tragédia numa calamidade".
O exército israelita pediu, em comunicado, "a retirada de todos os civis da cidade de Gaza das suas casas para o sul, para a sua própria segurança e proteção", acrescentando que serão autorizados "a regressar à cidade de Gaza depois de novo anúncio a permitir o regresso".
Este prazo de 24 horas é dado quando Israel ameaçou lançar uma incursão terrestre no território palestiniano.