Portugal registou uma subida na prevalência destes dois indicadores. Nutricionistas estão preocupados.
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Aumentou a percentagem de crianças com excesso de peso e obesidade em Portugal. Um em cada três menores entre os seis e os oito anos tem excesso de peso e 13,5% sofrem de obesidade. Estas taxas revelam uma subida de 1,6 pontos percentuais na prevalência de obesidade infantil e de 2,2% na prevalência de excesso de peso entre 2019 e 2022. Os dados, que constam no estudo COSI Portugal relativo a 2022 elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), marcam uma inversão na tendência de decréscimo registada nestes indicadores nos últimos anos e fazem soar campainhas.
Ana Rito, do Centro Colaborativo da Organização Mundial de Saúde para a Nutrição e Obesidade Infantil do INSA, explica que os dados foram “recolhidos no período pós-pandemia”. A situação pandémica poderá ser um dos motivos que conduziram ao agravamento da obesidade e do excesso de peso infantil, admite. Mas não explica por si só os resultados. Ana Rito recorda que o estudo aponta para um aumento do sedentarismo: o tempo passado a jogar ao computador por semana subiu mais de 9,3 pontos percentuais.