Entrega de suspeito de matar um homem junto a um bar, há uma semana, foi mediada pelo advogado Aníbal Pinto.
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O suspeito de matar à facada um homem junto a um bar do Entroncamento, faz hoje uma semana, entregou-se, esta sexta-feira, à Polícia Judiciária (PJ) de Leiria, onde passou a noite. Este sábado, vai ser presente ao juiz de turno, em Benavente, para o primeiro interrogatório e para conhecer as medidas de coação.
Joaquim Moura, conhecido por “Dálio”, chegou à PJ pouco antes das 18.30 horas, acompanhado do advogado Aníbal Pinto. No local, encontravam-se algumas dezenas de pessoas, amigos e vizinhos do suspeito.
À saída das instalações da PJ, o advogado explicou ao JN que o seu cliente, sobre quem pendia um mandato de detenção, se entregou “voluntariamente”, na sequência de conversações com Judiciária, e que esteve fugido estes dias “porque recebeu ameaças de morte”.
“Disseram-lhe que havia pessoas que tinham jurado vingança. Ficou à espera de contratar um advogado para se apresentar, conforme veio a acontecer”, argumentou Aníbal Pinto, referindo que o seu cliente “já tinha decidido entregar-se há alguns dias”. “Foi criada uma harmonia com a Polícia Judiciária para que isso acontecesse.”
Invoca legítima defesa
Aníbal Pinto disse também “não ter grandes dúvidas” de que o seu constituinte terá “agido em legítima defesa”. “O Joaquim tem uma facada no peito junto ao coração. Não obstante, lamenta-se sempre a tragédia que aconteceu. Foi uma vida que se perdeu, se calhar de uma forma desnecessária e exagerada”, admitiu.
Entre os que se concentraram em frente à PJ de Leiria estava um homem que se identificou como relações públicas do Irish Pub, à porta do qual aconteceu a rixa que terminou na morte de um homem de 52 anos. A testemunha contou aos jornalista que a vítima terá chegado ali pelas 4 horas, “já no horário de fecho”, e foi impedida por si de entrar. “Mandou uns murros na porta do bar. O meu patrão saiu e foi falar com ele. Desviaram-se uns 20 ou 30 metros da porta. Desferiu uns golpes, que não acertaram diretamente ao meu patrão, mas que atingiram o Joaquim. Houve uma grande confusão e apercebi-me do senhor a tombar”, relatou.