Em tribunal, o duque de Sussex limitou-se a apresentar declarações de apoio e transcrições criadas no decurso do processo. Fundação conversadora alega que Harry omitiu o seu passado de consumo de drogas, que poderia levar à não obtenção do visto.
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O príncipe Harry apresentou em tribunal alguns documentos, mas deixou de fora o formulário de imigração. O filho do rei Carlos III terá omitido pormenores relevantes, uma vez que divulgou apenas declarações de apoio e transcrições criadas no decurso do processo de revisão do visto.
Um tribunal norte-americano ordenou a divulgação dos documentos com base num pedido apresentado pela The Heritage Foundation, um grupo de reflexão conservador dos Estados Unidos com sede em Washington. A fundação alega que o príncipe escondeu o seu passado de consumo de drogas, o que o teria impedido de conseguir o visto.
As suspeitas surgiram depois do príncipe ter admitido, no livro de memórias "Na sombra", que consumiu estupefacientes, como cocaína e marijuana. Os formulários para o pedido de visto incluem perguntas sobre o consumo atual e passado de substâncias narcóticas.
O governo dos EUA disse, anteriormente, que o duque de Sussex podia ser vítima de assédio se os registos do visto fossem tornados públicos. "A divulgação do seu estatuto exato poderia sujeitá-lo a danos razoavelmente previsíveis sob a forma de assédio, bem como a contactos indesejados por parte dos meios de comunicação social e de outras pessoas", disse Jarrod Panter, em abril passado, numa declaração apresentada em tribunal.
Harry mudou-se para os EUA em 2020, depois de ter abdicado dos seus deveres reais. O príncipe vive em Montecito, na Califórnia, com a mulher, Meghan Markle, e os dois filhos: Archie, de cinco anos, e Lilibet, de três.