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André Villas-Boas está há pouco mais de um ano na presidência do F. C. Porto, com mandato até 2028. Ruben Amorim treina o Manchester United desde novembro e tem contrato até 2027. Com a época a aproximar-se do fim, os profetas da desgraça, entre adeptos mais conhecidos ou simples anónimos de dragões e diabos vermelhos, voltam a suspirar pelos tempos gloriosos da presidência de Pinto da Costa e da presença de Alex Ferguson no banco do United. Esquecem-se de que Villas-Boas herdou um passivo milionário, que ameaçava a existência do clube, e Ruben Amorim uma equipa em crise e que só fez uma contratação (Dorgu) em janeiro.
De bolsos vazios, o presidente portista teve de vender os melhores jogadores (Evanilson, Nico González e Galeno, os dois últimos em janeiro) e de ser contido nos gastos para estabilizar as finanças. De positivo, a debilidade só teve o abrir espaço ao talento de Rodrigo Mora, agora seguro até 2030. Ainda assim, Villas-Boas já ganhou uma Taça de Portugal (como presidente do clube) e uma Supertaça (do clube e SAD). Ou seja, tanto como Pinto da Costa no início do consulado de 42 anos... Amorim lidera o pior United de sempre na Premier League, mas está numa final europeia. Se ganhar a Liga Europa, não só vence o primeiro título como os diabos vermelhos garantem a Champions. O F. C. Porto sabe que terá de voltar a contentar-se com a Liga Europa. As contas fazem-se sempre no fim. Esperem por 2028 e 2027 e então “julguem” Villas-Boas e Amorim.