Trincão marca para o campeão aos quatro minutos e Akturkoglu empata no segundo período. Benfica teve mais remates, mas falhou na eficácia. Leões muito felizes na Luz com o empate.
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Quase, quase... O Sporting ficou muito perto da conquista do bicampeonato, após o empate (1-1) precioso frente ao Benfica, numa partida em que sofreu muito para segurar o resultado favorável. O golo de Trincão, aos quatro minutos, deu confiança à equipa, que teve de resistir à avalanche ofensiva das águias, que jogaram o tudo ou nada até ao último apito. Akturkoglu marcou aos 63 minutos e, pouco depois, Pavlidis acertou no poste, no lance mais flagrante das águias para chamarem a si o triunfo. Os encarnados foram mais equipa, tiveram mais pulmão, remates e posse de bola, mas faltou clarividência no último terço, o que custou caro. Na última jornada, os leões só têm de fazer o mesmo resultado do rival para erguer o troféu.
Os treinadores apostaram nos onzes de gala e o Sporting entrou de forma imperial. Gyokeres precisou de pouco espaço para servir Trincão à entrada da área, que desferiu um remate seco para o fundo da baliza. A vencer tão cedo, os leões respiraram fundo, mas por pouco tempo. No minuto seguinte, Di María quase acertou no alvo e o Benfica instalou-se, de armas e bagagens, na intermediária dos leões, porém sem nunca conseguir sufocar. O argentino coordenava a ação ofensiva, teve outras chances para marcar, tal como Akturkoglu. No entanto, Gyokeres também poderia ter concretizado, numa bola que Trubin defendeu com dificuldades.
No segundo período, a entrada de Schjelderup mexeu na partida, as águias tiveram ainda mais domínio, já o Sporting desistiu praticamente de atacar. Akturkoglu fez o empate, após aproveitar um grande lance individual de Pavlidis, e o grego esteve muito perto do 2-1, numa jogada em que atirou ao poste. No banco, Bruno Lage arriscou tudo ao trocar Tomás Araújo por Belotti, quando o melhor teria sido apostar em Dahl, pois Aursnes recuou para lateral, e mais tarde fez entrar Bruma para a posição de Carreras. Opções radicais, de mandar a equipa para a frente, mas sem os objetivos esperados. Do lado do Sporting, as substituições foram mais posicionais, com o objetivo de defender o empate. Fruto de um enorme desgaste, as equipas não tiveram força para fazer a diferença no fim e o grande prejudicado foi o Benfica. Não bastou ser melhor para ganhar ao Sporting e terá agora de esperar por um milagre. No plano defensivo, o campeão esteve quase sempre bem e manteve o sangue-frio nas alturas de maior aperto.
Mais
Gyokeres voltou a ser decisivo ao servir Trincão no golo do Sporting. No Benfica, Pavlidis e Otamendi deixaram a pele em campo.
Menos
Di María não jogou mal, mas faltou um toque de mágica. Sporting arriscou ao recuar em demasia no segundo período.
Árbitro
Muitas dúvidas na grande área do Sporting: Debast empurrou Otamendi, mas o lance não foi considerado penálti.