Foram detidos, entre ontem e esta terça-feira, quatro homens suspeitos da agressão ao vigilante de André Villas-Boas. Um dos indivíduos, que esteve em parte incerta até ao início da tarde, foi entretanto localizado e detido.
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O segurança de Villas-Boas foi agredido na noite de 22 de novembro de 2023. Foi atacado por um grupo de pessoas que, além de o agredirem, lhe roubaram o telemóvel, o carro e a carteira. O vigilante, de 64 anos, necessitou de tratamento hospitalar. Um dos suspeitos tinha em sua posse o telemóvel da vítima, aquando da sua detenção.
Horas antes, a casa do antigo treinador, na zona da Boavista, tinha sido alvo de vandalismo e rebentamento de petardos. Após a violenta agressão, os suspeitos terão depois cometido vários assaltos na zona da Foz.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, só na Avenida Brasil são suspeitos de terem cometido cerca de 40 furtos no interior de veículo. Além disso, o mesmo grupo terá tentado roubar um carro pelo método de carjacking, em Matosinhos. A maioria dos assaltos imputados ao grupo foi perpetrado na mesma noite em que o zelador de André Villas-Boas foi agredido.
Os suspeitos, com idades entre os 18 e os 22 anos, foram detidos em Vila Nova de Gaia, onde a PSP realizou várias buscas. Os primeiros três detidos não terão uma morada fixa, pernoitando em vários locais diferentes, o que dificultou a sua localização. O quarto homem que falatava localizar foi encontrado ao início da tarde desta terça-feira, na zona do Bairro do Lagarteiro, no Porto.
Nas buscas, a PSP apreendeu um carro, uma mota, vários telemóveis, equipamentos e ferramentas utilizadas nos crimes, assim como artigos de proveniência ilícita. As roupas que os indivíduos vestiam aquando da agressão ao zelador de André Villas-Boas também foram apreendidas.
A Operação Zelador teve como responsável o próprio comissário da Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto que liderou a Operação Pretoriano e foi acompanhada por um juiz e por um procurador do Ministério Público.
Os suspeitos devem ser ouvidos esta terça-feira à tarde, a partir das 15 horas, pelo juiz de instrução no Tribunal de Instrução Criminal (TIC), no Porto.