O presidente da empresa municipal Águas de Gaia, Miguel Lemos Rodrigues, foi suspenso de funções, por despacho judicial proferido no âmbito de um inquérito-crime sobre a eventual viciação de contratos públicos, em que é suspeito de participação económica em negócio.
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A medida de coação já foi aplicada pelo Juízo de Instrução Criminal do Porto em 19 de março deste ano, mas, há uma semana, uma juíza de instrução notificou o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, da necessidade de Miguel Lemos Rodrigues ser imediatamente suspenso de funções.
A Águas de Gaia é uma empresa detida a 100% pelo Município de Vila Nova de Gaia, cujo presidente anunciou, na semana passada, que iria abandonar o seu cargo em junho, por ter sido condenado à perda de mandato num processo de peculato relacionado com o uso particular de uma viatura pública.
O inquérito em que é investigado Miguel Lemos Rodrigues está em segredo de justiça. Segundo apurou o JN, a investigação procura esclarecer as circunstâncias em que foram celebrados vários contratos públicos.
Outras duas medidas de coação, além da suspensão de funções, foram aplicadas ao presidente da Águas de Gaia: a proibição de contactos com quatro homens e uma mulher relacionados com o objeto da investigação; e prestação de uma caução de dez mil euros.