
Maria Aurora Mendonça diz que margaridas por serem mais baratas têm mais saída
Foto: Leonel de Castro
Na Rua da Meditação, que desagua no Cemitério de Agramonte, no Porto, as floristas não têm mãos a medir para as encomendas. Os crisântemos e as margaridas, por serem as flores mais baratas, continuam a ter muita procura, mas há também quem não olhe ao preço para ter a campa enfeitada a preceito.
No número 58, na Florista Ana, a proprietária, Maria Aurora Mendonça, de 77 anos, estava de saída para ir a Ermesinde (Valongo) enfeitar a campa da família, mas numa pressa diz que o negócio das flores "já teve melhores dias". "Cada vez há menos clientes e os que aparecem procuram as coisas mais baratinhas. Mas não é só pelos Fiéis, acontece o mesmo nos funerais: antes fazíamos muitas coroas e agora levam apenas uma flor, com a desculpa que a pessoa vai ser cremada".

