Incêndio em prédio de sete andares no Porto obrigou a retirar mais de 10 moradores
Um incêndio que deflagrou na tarde desta quarta-feira no quinto andar de um edifício na Rua de Cunha Júnior, no Porto, obrigou a retirar mais de uma dezena de moradores. Três pessoas tiveram de receber tratamento hospitalar, duas por inalação de fumo e outra por ter sofrido uma luxação num braço.
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No combate às chamas estiveram cerca de 30 operacionais, apoiados por 10 viaturas, dos Sapadores do Porto e dos Bombeiros Voluntários Portuenses. A PSP, a Polícia Municipal, a Proteção Civil e o INEM também estiveram no local.
"Ouvi uma explosão e quando cheguei aqui vi muito fumo e uma pessoa a pedir socorro à janela". Ricardo Miranda estava a passar junto à Rua Cunha Júnior, quando ouviu uma explosão. Passavam poucos minutos das 14 horas. Apressou o passo e quando olhou para o edifício de sete andares viu fumo a sair de uma janela e "uma pessoa a pedir socorro". Ligou de imediato para o 112, tendo sido mobilizados meios de socorro para o local, que conseguiram confinar o fogo à habitação onde deflagrou.
Duas das três pessoas que necessitaram de tratamento e foram transportadas ao Hospital de S. João, no Porto, têm entre 25 e 30 anos. A terceira vítima, um homem na casa dos 60 anos, fugiu para o telhado, tendo sido resgatado pelos bombeiros.
"O alarme foi dado por volta das 14.03 horas. Quando chegamos ao local deparamo-nos com um incêndio no 5.º andar do prédio, mais precisamente no quarto que estava completamente tomado pelas chamas", contou o Carlos Oliveira, chefe dos Sapadores.
As chamas deixaram o apartamento em causa sem condições de habitabilidade. As origens do incêndio ainda estão a ser investigadas.
Apesar do estrondo e do aparato que se seguiu, Joaquim Ferreira, morador no sexto andar, só se apercebeu que algo estava a acontecer quando viu muito fumo invadir-lhe o apartamento.
"Só reparei por causa do fumo e acho que até já estavam aqui os Sapadores", refere o residente, acrescentando que de imediato juntou a família - mulher e dois filhos, um deles de colo - para subirem as escadas e "usar um acesso que dá para ao lado oposto" e assim "descer em segurança". "O que nos valeu foi termos mantido a calma em toda a situação", sublinhou Joaquim Ferreira.