Os oito alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso, envolvidos numa alegada agressão sexual a uma criança de 11 anos, foram punidos com uma suspensão de quatro dias, “a contar a partir de hoje”, indicou uma fonte oficial do Ministério da Educação ao Jornal de Notícias.
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Uma fonte da escola tinha adiantado ao nosso jornal que os jovens, com idades entre os 13 e os 16 anos, seriam suspensos três dias, porque não contabilizou esta terça-feira, uma vez que os estudantes esta manhã foram à escola. Entre os suspeitos da agressão sexual, está o irmão da vítima, um estudante de 16 anos, que já responde criminalmente. Do grupo, faz parte outro aluno da mesma idade e os restantes têm entre 13 e 15 anos.
O caso está atualmente a ser investigado pelo Ministério Público, que aguarda o resultado das perícias realizadas no Instituto de Medicina Legal à criança alegadamente sodomizada com uma vassoura no interior do estabelecimento de ensino por outros alunos. A avaliação médica realizada no Hospital de Bragança "foi inconclusiva", segundo a mesma fonte da tutela.
A criança terá sido agredida sexualmente na sexta-feira, 19 de janeiro, mas só foi vista por um médico no centro de saúde de Vimioso, no dia 22, por recomendação da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, confirmou António Santos, presidente deste organismo.
A direção da escola continua sem se pronunciar sobre o assunto. Segundo o JN apurou, a vítima e os suspeitos da agressão continuaram a frequentar o mesmo estabelecimento de ensino. Uma fonte indicou que foi proposto à mãe da criança a sua transferência para uma escola de outro concelho, uma vez que não há alternativa local, mas como a deslocação teria de ser para Bragança ou Miranda do Douro implicando viagens, “a mãe não aceitou”. Trata-se de uma família carenciada, com quatro filhos, que tem recebido apoio social.
Segundo a GNR, o caso, ocorrido cerca das 12.30 horas do dia 19 de janeiro, terá sido presenciado por cerca de 20 alunos e uma funcionária, que não intervieram. O menino chegou a casa e queixou-se à mãe do sucedido, mas só na segunda-feira, 22, foi encaminhado para o centro de saúde de Vimioso, por insistência do presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. Foi informada a GNR, que passou o caso para a Polícia Judiciária.
A família está a receber apoio psicológico. O JN tentou contactar a diretora do agrupamento de Vimioso, mas não foi possível chegar à fala com Ana Falcão.