A Câmara de Santa Maria da Feira defende a criação de um interface no concelho com ligação à futura Linha de Alta Velocidade (TGV), tendo a Linha do Vouga acesso à mesma. A proposta, que foi dada a conhecer pelo presidente da Câmara, Emídio Sousa, em reunião do Executivo, foi aprovada por unanimidade.
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O autarca explicou ao JN que o projeto de execução do futuro traçado da Linha de Alta Velocidade terá que ter o acordo do Município, pelo que aproveitará esta ocasião para defender a construção da referida interface.
Emídio Sousa considera ser oportuna esta ligação entre a Linha do Vouga e a Linha de Alta Velocidade, tendo em conta um ponto de “interceção”, previsto no traçado, para a zona da freguesia de São Paio de Oleiros.
“Vamos defender que seja construída esta interface, prevendo que a futura Linha possa receber também outros comboios, que não apenas de alta velocidade”, sublinhou o autarca. E detalhou: “Esta interceção [com a respetiva interface] poderá servir cerca de meio milhão de habitantes a sul do Porto e a norte do distrito de Aveiro”.
Alteração do traçado
A Câmara da Feira tinha já assumido publicamente a sua oposição à designada solução A, que viria, contudo, a ser aprovada.
Emídio Sousa afirma que o traçado aprovado teve, entretanto, uma ligeira alteração que desloca a Linha “um pouco para poente” afetando menos habitações, mas sem ser a solução defendida na integra pela Autarquia.
O autarca lembrou que o traçado poderia colocar em causa investimentos de milhões de euros previstos para a zona industrial do Lusopark.
Ligação
Orçada em 4,5 mil milhões de euros, a Linha de Alta Velocidade prevê a ligação entre Lisboa e Porto numa hora e quinze minutos, com paragens em Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia.
Investimentos
Ainda na fase de apreciação do traçado, Emídio Sousa considerou que as propostas da IP colocavam em risco investimentos de 100 milhões de euros e 1200 postos de trabalho, na zona do Lusopark.