Preço subiu 28% desde 2022 e já custa mais de 35 euros. Um terço desse valor são impostos.
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Na hora de comprar uma botija de gás, um português desembolsa mais 20 euros do que um espanhol. A atingir máximos históricos, o preço do gás propano e do butano, os mais utilizados pelos consumidores, aumentou entre 18,8% e 28% em quase três anos, ultrapassando a barreira dos 35 euros.
As associações e revendedores de combustíveis justificam os aumentos com a inflação, a cotação internacional do petróleo e os impostos excessivos. Já o Governo não respondeu ao JN se equaciona fixar o valor máximo ou tomar medidas para aligeirar o preço da garrafa do gás.
Os últimos dados disponíveis, de 2021, indicam que são aproximadamente cinco milhões de pessoas que recorrem à botija de gás para suprirem as necessidades mais básicas, como cozinhar, aquecer a água ou a casa. Situam-se, normalmente, longe das grandes cidades e onde a rede de gás natural não existe. E são esses que sentem mais na pele a escalada do preço. É necessário recuar até outubro de 2022 para se encontrar um preço da botija do gás abaixo dos 30 euros, tal como mostram os dados da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).