Ao segundo dia de conclave, os cardeais escolheram um novo Papa, que surgiu na varanda da Basília de São Pedro, sorridente e emocionado.
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Os primeiros passos de Leão XIV, o primeiro Papa nascido nos Estados Unidos, eleito, na quinta-feira, estão a ser acompanhados de perto.
Conheça aqui o que se sabe e o que não se sabe sobre a sua agenda para os próximos dias
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Quando o fumo branco saiu da Capela Sistina, nos Estados Unidos, John Prevost ligou a televisão, telefonou à sobrinha e viram com espanto ser anunciado um nome familiar. “Ela começou a gritar porque era o tio dela e eu estava num momento de descrença de que isto não podia ser possível porque estava muito longe do que pensávamos que ia acontecer”, disse Prevost na quinta-feira numa entrevista à agência de notícias Associated Press (AP), a partir de casa em New Lenox, Illinois (centro-oeste).
O cardeal Américo Aguiar confirmou hoje que o novo Papa Leão XIV esteve em Portugal por ocasião da Jornada Mundial da Juventude realizada em 2023 em Lisboa, integrado na comitiva do Papa Francisco.
“Não sei se não é providencial” um Papa que viveu a “experiência do capitalismo liberal sem regras nos EUA e tem a experiência da pobreza extrema no Peru”, disse o cardeal António Marto, antigo bispo de Leiria-Fátima, numa conferência de imprensa de três dos quatro cardeais eleitores portugueses no Conclave.
“Francisco foi Francisco, não há clones”, mas, segundo António Marto, Leão XIV vai “seguir esta linha do Papa Francisco, do respeito pelos imigrantes e contrário da deportação sem mais daqueles que procuram uma vida melhor e mais digna”.
O antigo bispo de Leiria-Fátima disse que “o mundo está hoje muito modificado e os regimes de países comunistas são hoje capitalismo de Estado”, a que se somam os temas da “inovação tecnológica e do continente digital”, que criam novos desafios e uma “maneira nova de estar na sociedade”, com um “individualismo extremo que levou a perder o bem comum e o sentido de comunidade”.
*Paulo Agostinho, enviado da Agência Lusa
A escolha de Leão XIV como novo Papa no Conclave foi “tranquila” e já era esperada por três dos quatro cardeais eleitores portugueses que estiveram na reunião que escolheu o sucessor de Francisco.
O cardeal português António Marto, antigo bispo de Leiria-Fátima, afirmou hoje que convidou o novo Papa, Leão XIV, a visitar o Santuário de Fátima, elogiando a sua devoção mariana.
Numa conferência de imprensa dos cardeais portugueses que estiveram alojados no Colégio Português em Roma, por ocasião do Conclave, António Marto adiantou que disse a Leão XIV: “Trago votos de felicidade, trago o voto de todos dos peregrinos de Fátima” e “num momento oportuno esperamos uma visita sua”.
“Muito obrigado”, respondeu o Papa em português, por duas vezes, segundo António Marto, que elogiou a “devoção mariana” do antigo cardeal Robert Prevost.
Leão XIV, que rezou a Ave-Maria na sua saudação da varanda, é “mariano” e “tem uma grande devoção a Nossa Senhora”, disse António Marto.
O presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) afirmou que a Igreja Católica angolana vai continuar a trabalhar em “comunhão, fidelidade e espírito de obediência" ao novo Papa, num mundo necessitado de "transformações profundas".
José Manuel Imbamba disse que a Igreja angolana vai continuar a trabalhar no “espírito de comunhão, fidelidade e colaboração e no espírito de obediência a Cristo na pessoa do Santo Padre”. “Para podermos evangelizar em profundidade, provocarmos as conversões autênticas e assim podermos, pois, ser uma Igreja de Cristo, neste mundo que precisa de transformações profundas, transformações evangélicas, por isso também estamos na expectativa como conferência”, afirmou em declarações à Emissora Católica de Angola.
O arcebispo angolano felicitou o pontífice pela eleição e destacou a necessidade do “caminho sinodal”, assinalado na quinta-feira pelo novo Papa, salientando que a Igreja Católica “é um movimento dialógico, é um movimento de escuta e de discernimento”. A Igreja “é um movimento de decisões, tudo isso sempre assente na sã doutrina, na sã tradição, na fundamentação das escrituras e tudo aquilo que vai fazer com que a Igreja seja sempre luz, sal e fermento na sociedade em que vimos”.
José Manuel Imbamba, também arcebispo de Saurimo, manifestou ainda crença de que o sucessor de Francisco lidere uma Igreja “sempre mais aberta, (...) que deve transformar o mundo, que deve injetar essas virtudes evangélicas de que o mundo hoje está a precisar”.
O líder da Igreja Ortodoxa Russa, Kirill, felicitou o novo Papa Leão XIV, após a sua eleição na quinta-feira, esperando que as relações entre o Patriarcado de Moscovo e o Vaticano "se desenvolvam gradualmente".
"O senhor inicia o seu ministério como primaz da Igreja Católica Romana num momento histórico particular, ligado tanto a uma série de desafios civilizacionais como a certos sinais de esperança. Neste contexto, as relações entre o cristianismo oriental e ocidental são de particular importância para o destino do mundo", afirmou o patriarca ortodoxo, num comunicado. “Neste contexto, a relação entre o Oriente e o Ocidente cristãos adquire um significado especial para o destino do mundo”, acrescentou.
A Igreja Ortodoxa é tida como próxima do Kremlin (presidência russa) e, no ano passado, considerou que a invasão russa da Ucrânia “é uma guerra santa, na qual a Rússia e o seu povo estão a defender o único espaço espiritual da Santa Rússia".
As relações entre a Igreja Ortodoxa Russa e o Vaticano têm sido frias, até mesmo hostis, há séculos, e nunca nenhum Papa visitou a Rússia. Em 2016, o Papa Francisco encontrou-se com Kirill, em Havana, num encontro inédito desde a separação das igrejas oriental e ocidental em 1054. Após a morte do pontífice argentino, o patriarca ortodoxo russo enviou em 21 de abril uma mensagem de condolências ao Vaticano, destacando a solidariedade de Francisco com as pessoas que mais sofrem.
"O Papa é chiclayano, viva o Papa!", cantaram dezenas de fiéis reunidos na quinta-feira à noite à porta da catedral de Chiclayo, no norte do Peru, onde Leão XIV foi bispo durante oito anos. Entre cânticos, orações e aplausos, todos falaram de "emoção e orgulho" por terem convivido com Robert Francis Prevost, atual Leão XIV, ao longo dos mais de de 20 anos que viveu no Peru, país do qual também tem cidadania.
O antigo conselheiro da Casa Branca e católico ultraconservador norte-americano Steve Bannon defendeu que a eleição do Papa Leão XIV foi um voto contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo o órgão de comunicação social "Politico", Bannon considerou também que o cardeal Robert Prevost, nascido nos EUA e eleito Papa na quinta-feira, “foi a pior escolha para os católicos do movimento Make America Great Again (MAGA)”. “A pior escolha para os católicos MAGA”, pois a eleição de Leão XIV “é um voto anti-Trump dos globalistas da Cúria” Romana, disse Bannon, que foi conselheiro de Trump durante o primeiro mandato do Presidente norte-americano (2017-2021).
Há uma semana, Bannon previu a eleição do cardeal Robert Prevost, que também tem cidadania peruana devido ao longo trabalho missionário no país sul-americano. Em contrapartida, numa entrevista ao apresentador britânico Piers Morgan, Bannon indicou que os alegados “poderes constituídos” que o movimento MAGA identifica nos chamados 'Deep State' (estados profundos) e 'Deep Church' (igreja profunda), consideravam que o novo Papa, até aqui prefeito do Dicastério para os bispos, era um dos candidatos menos prováveis a líder da Igreja Católica.
Vários chefes de Estado africanos congratularam o Papa Leão XIV pela sua eleição e saudaram a sua mensagem de paz e de legado face ao falecido Papa Francisco, segundo mensagens deixadas na rede social X.
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse, quinta-feira, no X, que a eleição do novo Papa é um "momento profundo para a Igreja Católica, bem como para a comunidade global", que seguiu o evento "solene com uma expectativa esperançosa". O chefe de Estado sul-africano pediu que "o fumo branco cerimonial que assinalou o consenso do Conclave prevaleça sobre as nuvens negras dos bombardeamentos militares que afetam as várias regiões do mundo de hoje". Para Ramaphosa, o pedido de paz do Papa Leão XIV é "um apelo que ressoa com a maior parte da humanidade e que honra o legado do falecido Papa Francisco".
O presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, disse que felicita "calorosamente a Sua Santidade o Papa Leão XIV pela eleição como chefe da Igreja Católica" e desejou-lhe um pontificado de paz, de diálogo e de fraternidade.
Para o Chefe de Estado dos Camarões, Paul Biya, a "liderança espiritual e moral" do bispo de Roma, assim como a sua "grande sensibilidade humanista", farão com que a sua voz "seja ouvida e as suas ações apreciadas, no interesse da paz e do diálogo entre as nações".
O presidente da Serra Leoa, Julius Maada Bio, felicitou "calorosamente a Sua Santidade o Papa Leão XIV pela sua eleição como novo líder da Igreja Católica", sublinhando que a fé inabalável deste membro da Ordem de Santo Agostinho, e a sua dedicação, são uma inspiração para todos. "Que o seu papado traga unidade, compaixão e esperança ao mundo. Apoiamo-lo em oração, enquanto ele guia a Igreja com sabedoria e graça", referiu Bio.
O presidente da República Democrática do Congo, país do continente com maior número de batizados católicos, quase 55 milhões de pessoas, disse felicitar "com profunda emoção" Leão XIV "para a Cátedra de São Pedro". Para Félix Tshisekedi, o apelo do Santo Padre a uma "Igreja humilde, fraterna e voltada para as periferias do mundo tem uma ressonância particular na República Democrática do Congo, terra de fé viva". Segundo o chefe de Estado democrático-congolês, as palavras do Papa, "cheias de sabedoria e compaixão, reacendem a certeza de que a Igreja continua a estar ao lado dos povos que procuram a justiça, a paz e a dignidade".
Também o Governo do Botsuana congratulou a eleição do Papa Leão XIV. "A Igreja Católica continua a ser um líder global de fé e esperança para os desfavorecidos e os pobres, defendendo a igualdade, a paz mundial e a harmonia", indicou.
O continente africano conta com 20% dos católicos do planeta, de acordo com o Anuário Pontifício 2025.
O padre Miguel de Salis Amaral, que colaborou com o então cardeal Roberto Prevost, considera que o novo Papa terá como prioridade a promoção da paz num mundo em guerra, com a modernização do sistema diplomático internacional.
A Diocese de Viana do Castelo anunciou, esta sexta-feira, que vai realizar no sábado uma oração pelo novo Papa, destacando que é com “imensa alegria” que a igreja diocesana recebeu a notícia da eleição de Leão XIV.
A oração pelo Papa e pelas intenções que evocou no início do seu pontificado, apelando à “paz desarmada e desarmante, humilde e perseverante”, decorrerá às 21.15 horas na capela do seminário diocesano.
Numa mensagem enviada à imprensa, o bispo de Viana do Castelo, João Lavrador, referiu a “imensa alegria” com que a igreja diocesana recebeu a notícia da eleição do novo Papa e destacou que “pela escolha do nome, Leão XIV coloca-se na senda do Papa Leão XIII que, no final do século XIX soube captar a realidade social e o drama daqueles que eram vítimas da revolução industrial”. “[Leão XIII] deu início à intervenção evangélica da Igreja atenta ao gemido dos marginalizados e oprimidos, abrindo o caminho para doutrina social da Igreja”, adiantou João Lavrador.
A Fundação Fé e Cooperação (FEC) considerou que o início do pontificado do Papa Leão XIV “renova a esperança de uma Igreja profética e missionária, incarnada na vida do seu povo”. “Na certeza de que aqui, incondicionalmente, todos têm lugar, reabrimo-nos a cada instante ao diálogo que constrói pontes, e permanecemos fiéis à promoção da justiça, aquela que possibilita uma paz desarmada e desarmante. Seguimos unidos a Leão XIV”, escreve a FEC, em nota divulgada na tarde de hoje.
A FEC é uma Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento, da Conferência Episcopal Portuguesa, que tem como missão promover o desenvolvimento humano integral, com a visão de construir uma sociedade onde cada pessoa possa viver com dignidade e justiça. Criada em 1990, atualmente tem projetos em Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.
O vice-presidente da Aliança Evangélica Portuguesa felicitou a Igreja Católica pelo seu novo líder, o Papa Leão XIV eleito na quinta-feira, manifestando o desejo da continuação de “um bom relacionamento” entre “as duas realidades cristãs”.
Em declarações à agência Lusa, Samuel Antunes recordou que “o mundo evangélico não reconhece a autoridade do Papa” como a Igreja Católica, mas “respeita a figura como autoridade de um outro grupo cristão, cristão católico”, desejando que o relacionamento entre as duas Igrejas “se mantenha como tem estado, que tem sido um bom relacionamento”.
Disse ainda esperar, dada a influência que considera que o Papa tem no mundo, que a de Leão XIV “seja uma influência promotora da paz, da concórdia, promotora do bem-estar das pessoas”. “Acho que as pessoas hoje precisam muito de se sentir bem, e se há coisa que ultimamente tem sido abalada é o bem-estar. E é mesmo o meu desejo que este novo Papa seja um promotor do bem-estar das pessoas em geral”.
O rei Carlos III felicitou, numa mensagem privada, o novo Papa Leão XIV e enviou-lhe os “mais sinceros votos de sucesso” para o seu pontificado, anunciou, esta sexta-feira, o Palácio de Buckingham.
Carlos III, chefe supremo da Igreja Anglicana de Inglaterra, "enviou uma mensagem privada ao Papa Leão XIV, felicitando-o pela sua eleição como 267.º pontífice e bispo de Roma", divulgou a Casa Real britânica.
A missa de inauguração do pontificado de Leão XIV realiza-se a 18 de maio, anunciou hoje o Vaticano, devendo a cerimónia contar com a presença de delegações e chefes de Estado de todo o mundo.
A missa servirá como uma tomada de posse formal do Papa Leão XIV, a que se seguirá a primeira audiência geral com os fiéis a 21 de maio.
Três dias depois, a 24 de maio, o novo Papa deverá reunir-se com a Cúria e os responsáveis do Vaticano, acrescentou.
O Vaticano adiantou ainda que o Papa pediu a todos os chefes de gabinetes, que tecnicamente perderam as posições com a morte do Papa Francisco, que regressassem ao trabalho até novas ordens.
O novo chefe da igreja católica quer reservar tempo para “reflexão, oração e diálogo” antes de tomar qualquer decisão sobre qualquer confirmação definitiva, indicou a mesma fonte.
A Fundação AIS (Ajuda à Igreja que Sofre) manifestou “a maior alegria e gratidão” pela eleição do cardeal Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV, sublinhando a sua ação missionária no Peru.
Citada num comunicado divulgado pelo departamento português da Fundação AIS, a presidente executiva internacional da instituição salienta que o novo Papa, que trabalhou muitos anos no Peru, “entende as necessidades da Igreja missionária”. “Acabámos de ouvir o novo Papa, o Papa Leão XIV, e realmente estamos entusiasmados, especialmente porque este é um papa missionário”, afirmou Regina Lynch, depois do primeiro discurso do pontífice, na quinta-feira, dirigido aos fiéis presentes na Praça de São Pedro, no Vaticano.
A presidente executiva da Fundação AIS assegurou a aposta na oração “para que Deus o abençoe com sabedoria e amor e sentido de serviço para a Igreja”.
Na nota, a Fundação refere que o novo Papa “não é alheio” à instituição e ao seu trabalho, pois “durante o seu mandato como Bispo de Chiclayo, no Peru, de 2015 a 2023, a Fundação AIS pôde apoiá-lo em vários projetos, sobretudo na formação de seminaristas, missionários e catequistas, bem como com estipêndios de Missa que em parte se destinavam a missionários que trabalhavam em zonas remotas dos Andes”. “É da própria natureza da Igreja e da sucessão apostólica que a tristeza pela morte de um Papa dê lugar à alegre receção do novo Bispo de Roma. Leão XIV é o oitavo Papa sob o qual a Fundação AIS continuará a servir a Igreja pobre, em dificuldades e perseguida, desde a sua fundação em 1947”, afirmou, por seu turno, Philipp Ozores, secretário-geral da Fundação AIS, também citado no comunicado.
A igreja católica de Hong Kong apelou aos fiéis para que rezassem pelo Papa Leão XIV, depois de o líder da diocese ter defendido a melhoria de relações entre o Vaticano e a China.
O bispo de Hong Kong, cardeal Stephen Chow, agradeceu a eleição do novo papa, na quinta-feira, e pediu orações aos crentes para que tenha sucesso “como pastor supremo da Igreja Católica Romana”, segundo um comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE.
No início deste mês, o líder dos católicos da região administrativa especial chinesa defendeu a necessidade de um “melhor entendimento” e de uma “melhor relação” entre o Vaticano e a China.
Chow afirmou que “construção de pontes” iniciada pelo Papa Francisco, que morreu em 21 de abril, deve continuar com Leão XIV.
A porta-voz do PAN considerou que a mensagem de paz do Papa Leão XIV é “essencial” para pôr fim às guerras e defendeu que Portugal deve investir na defesa o mesmo que investe em ação social.
Inês Sousa Real, que falava numa ação de campanha para as legislativas de 18 de maio, ao início da manhã na estação de metro Casa da Música, no Porto, disse que “a mensagem de paz do novo Papa é absolutamente essencial para que se possa fazer um esforço de política internacional para repor a paz nos vários países que estão neste momento a ser fustigados” pela guerra.
“Basta ver a crise humanitária que temos na Palestina ou na Ucrânia, com as crianças a morrerem, até mesmo à fome, para perceber que temos todos que fazer um esforço conjunto para a reposição da negociação da paz”, sublinhou.
Quanto ao investimento em defesa, a porta-voz do PAN defendeu que “cada euro investido" nesta área, deve corresponder ao valor investido na ação social. “Não podemos deixar para trás aquilo que é a proteção das nossas infraestruturas. Países como a Alemanha já tomaram este tipo de decisões que o PAN tem apelado desde o primeiro momento. O apagão que tivemos recentemente no nosso país diz-nos isso mesmo”, afirmou.
Referiu que “é preciso adaptar e investir também na proteção das principais infraestruturas como os hospitais, os aeroportos, tudo aquilo que possam ser equipamentos essenciais do país, seja para o contexto de guerra, seja para o combate às alterações climáticas, porque o fenómeno da guerra pode pôr em causa aquilo que é a nossa soberania enquanto país, mas também tem de estar preparado para as alterações climáticas”.
O amanhecer cinzento desta sexta-feira em Fátima contrasta com os sorrisos de esperança que os peregrinos no santuário mostram em relação ao Papa Leão XIV, de quem esperam que continue o legado de Francisco.
Saiu fumo branco da chaminé da capela Sistina. Explosão de alegria na Praça de São Pedro.
“Estendo as minhas mais sinceras felicitações à comunidade católica mundial pela eleição do Papa Leão XIV. Este momento histórico marca um novo capítulo de esperança e inspiração para milhões de pessoas em todo o mundo”, declarou Shehbaz Sharif na rede social X.
“O Paquistão valoriza os seus laços com o Vaticano e continua empenhado em promover a harmonia inter-religiosa, o respeito mútuo e a nossa busca partilhada pela paz e pela dignidade humana", afirmou o líder paquistanês.
Bom conselheiro, adepto dos White Sox e fã de jogos como o "Wordle", Leão XIV era, até quinta-feira à tarde, uma "pessoa vulgar". Até viu o filme "Conclave", para saber "como se deveria comportar" antes da reunião da qual sairia como Papa sucessor de Francisco, título que nunca pensou ter.
O novo Papa, Leão XIV, assumiu, esta sexta-feira, perante os cardeais eleitores o desafio de ser sucessor de São Pedro, em tempos de “ateísmo prático” de muitos crentes e não crentes e em que a fé é considerada “coisa absurda”.
O pontificado de Leão XIV será marcado por um conjunto de questões fraturantes com as quais terá de lidar de perto. Temas como o celibato dos padres ou o aumento do papel das mulheres na Igreja Católica estarão presentes durante o seu mandato enquanto representante terreno de São Pedro.
Tido como próximo do seu antecessor, deixa antever, a julgar pelas posições públicas anteriores, que fica aquém do progressismo evidenciado por Francisco durante os 12 anos de papado. Esteve envolvido em polémicas, nomeadamente relacionadas com casos de abusos sexuais que terá ajudado a camuflar. Também demonstrou antipatia por um acolhimento mais caloroso da Igreja a casais do mesmo sexo. Nunca deixou de se pronunciar em relação aos temas quentes que agitam águas no Vaticano e provocam divisões profundas entre as alas mais extremadas da cúpula da Santa Sé.
Veja aqui quais serão os sete desafios de Leão XIV.
A China felicitou o Papa Leão XIV, afirmando que Pequim espera continuar um “diálogo construtivo” com o Vaticano.
“Espera-se que, sob a liderança do novo Papa, o Vaticano continue a manter um diálogo construtivo com a China e a conduzir uma comunicação aprofundada sobre questões internacionais de interesse mútuo”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian.
Lin Jian expressou a esperança de que Pequim e o Vaticano possam “promover conjuntamente a melhoria contínua das relações e contribuir para a paz mundial, a estabilidade e a prosperidade do desenvolvimento”.
"Aspiramos a reforçar as relações entre Israel e a Santa Sé, bem como a amizade entre judeus e cristãos na Terra Santa e em todo o mundo”, declarou o presidente de Israel, Isaac Herzog, num comunicado.
Historicamente complicadas, as relações entre o Vaticano e Israel deterioraram-se após o ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas ao sul de Israel, a 7 de outubro de 2023, e a guerra que Israel desencadeou em retaliação no mesmo dia, na Faixa de Gaza, ainda em curso.
Até à véspera da morte, o Papa Francisco assumiu repetidamente uma posição crítica em relação à guerra em Gaza, o que irritou as autoridades israelitas, que o consideravam pró-palestiniano.
O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., felicitou o Papa Leão XIV, esta sexta-feira. “Rezo para que continue a aproximar a Igreja dos pobres e dos desfavorecidos. O povo filipino também reza pela força e boa saúde do novo Papa, enquanto ele guia os fiéis com graça, sabedoria e compaixão”, disse o líder do país em desenvolvimento, a nação com mais católicos na Ásia.
“Que a sua vida e o seu ministério nos inspirem a perseverar na nossa caminhada quotidiana com o nosso Senhor Jesus Cristo”, acrescentou Marcos Jr.
O nome Leão XIV, escolhido esta quinta-feira pelo novo Papa, sinaliza uma referência à postura política do último pontífice com esta designação no século XIX, e um compromisso com a justiça social de Francisco, segundo uma especialista em religião.
A Presidente do Peru, Dina Boluarte, assinalou que a nacionalidade peruana do cardeal Robert Prevost, nascido há 69 anos em Chicago e hoje escolhido como novo Papa, é “uma expressão do seu profundo amor" pelo país sul-americano.
"Tornou-se cidadão peruano em 2015 como expressão do seu profundo amor pelo Peru, país onde dedicou grande parte da sua vida religiosa a servir os mais pobres. Nas nossas terras, semeou esperança, caminhou ao lado dos mais necessitados e partilhou as alegrias do nosso povo", declarou Dina Boluarte.
Num discurso televisivo, a chefe de Estado destacou a celebração de "um momento histórico para o Peru e para o mundo" com a eleição de Robert Prevost, "cidadão peruano por opção e coração” e que foi vice-presidente da conferência episcopal deste país.
Nas primeiras palavras após a sua eleição, o novo pontífice enviou, a partir da varanda da Basílica de São Pedro, uma saudação em espanhol para a sua "amada diocese de Chiclayo”, no Peru.
Boluarte assinalou que este momento “marca não só a primeira vez que um norte-americano subiu ao trono de São Pedro, mas também a primeira vez que um peruano, com mais de 20 anos de serviço” no seu país, lidera a Igreja Católica.
Nesse sentido, a Presidente peruana manifestou a sua "imensa alegria" e enviou uma saudação e um abraço "em nome do Governo e do povo do Peru" ao novo Papa.
"Querido Papa, que Deus te guie e que o teu exemplo e ensinamentos nos conduzam pelo caminho da paz e da reconciliação no Peru e em todo o mundo", declarou Boluarte.
O Papa Leão XIV celebra na sexta-feira às 11 horas locais (10 horas em Lisboa) uma missa com os cardeais na Capela Sistina, anunciou hoje o Vaticano.
O novo Papa vai presidir também à oração "Regina Coeli" (Rainha do Céu) no domingo, às 12 horas (11 horas em Lisboa), a partir da varanda da basílica São Pedro.
Na segunda-feira, Leão XIV terá um encontro com jornalistas, disse o diretor do serviço de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, celebrou a eleição do novo Papa e indicou que espera trabalhar com Leão XIV na promoção da “solidariedade, reconciliação” e na construída de “um mundo justo e sustentável para todos”.
Num comunicado oficial após a eleição do sucessor do Papa Francisco, António Guterres felicitou o norte-americano Robert Prevost pela eleição como novo Papa, assim como felicitou os católicos de todo o mundo por este momento histórico.
O líder da ONU frisou que a eleição de um novo Papa é um momento de profundo significado espiritual para milhões de fiéis em todo o mundo e “ocorre num momento de grandes desafios globais”, em que o “mundo precisa das vozes mais fortes em prol da paz, da justiça social, da dignidade humana e da compaixão”.
Nesse sentido, Guterres afirmou que espera dar continuidade “ao longo legado de cooperação entre as Nações Unidas e a Santa Sé — nutrido mais recentemente pelo Papa Francisco — para promover a solidariedade, promover a reconciliação e construir um mundo justo e sustentável para todos”.
“Apesar da rica diversidade de origens e crenças, as pessoas de todo o lado partilham um objetivo comum: que a paz esteja com todo o mundo”, concluiu.
"O novo Pontífice escolheu o nome de Leão, evocando a memória de Leão XIII, o grande Papa da encíclica "Rerum Novarum". Este nome faz-nos sonhar com um pontificado marcado pela atenção aos mais frágeis e pela promoção da justiça social, tema bem caro à herança que nos deixa o Papa Francisco.
O facto de o Papa Leão XIV pertencer à Ordem de Santo Agostinho, padroeiro da nossa diocese de Leiria-Fátima, toca-nos particularmente. Sentimos que há uma ligação espiritual que nos aproxima e que o Santo Padre, com o seu carisma agostiniano, poderá trazer ao mundo uma mensagem de profunda interioridade e busca da verdade.
Ficámos particularmente tocados ao vê-lo rezar uma Avé Maria no final da sua apresentação na Praça de São Pedro. Esse gesto simples e cheio de significado revela o seu coração mariano e faz-nos pensar em Fátima, na confiança de que Nossa Senhora o acompanhará nesta nova missão.
Tive a graça de conhecer o Papa Leão XIV quando ambos servíamos como superiores gerais. Por diversas ocasiões pude testemunhar a sua humanidade, a sua profunda vida espiritual e a sua vasta experiência missionária. Sei que a Igreja está em boas mãos".
"Estamos certos que é o Papa que a Igreja e o mundo precisam neste momento. Por isso, não pode ser outra a atitude de todo o Patriarcado de Lisboa senão a ação de graças a Deus por este dom tão grande. Deste modo, convoco toda a diocese para corporizar esta ação de graças na celebração da Santa Missa, sexta-feira, dia 9 de maio, às 21 horas e 30 minutos, na Sé de Lisboa", considera Rui Valério, Patriarca de Lisboa.
Num discurso recheado pela palavra paz, Leão XIV dirigiu-se aos fiéis na Praça de São Pedro, lembrando Francisco e dizendo ser "filho de Santo Agostinho". Leia o discurso completo AQUI.
O presidente russo, Vladimir Putin, parabenizou, nesta quinta-feira, o Papa Leão XIV e expressou esperança de que o pontífice americano e peruano inicie um "diálogo construtivo" com o Kremlin.
"Confio que o diálogo construtivo e a cooperação estabelecidos entre a Rússia e o Vaticano continuem a desenvolver-se com base nos valores cristãos que nos unem", afirmou Putin numa mensagem publicada pelo Kremlin.
Os Cardeais fechados na Capela Sistina deverão estar por esta altura a proceder à primeira votação do dia para eleger o novo Papa, que vai suceder a Francisco, falecido em 21 de abril.
A primeira votação está marcada para as 10.30 horas locais (9.30 horas em Portugal continental), seguida de outra às 12 horas locais (11 horas) se não for eleito o Papa no primeiro escrutínio. Depois, os cardeais vão almoçar, seguindo-se mais duas votações aproximadamente às 17.30 horas locais (16.30 horas) e às 19 horas locais (18h).
Nas primeiras votações da manhã e da tarde, só há fumo branco se for escolhido um novo Papa. Caso contrário, existem apenas dois lançamentos de fumo (negro ou branco, conforme a votação): ao final da manhã e ao final da sessão da noite.
Por duas vezes, na rede "X", o Papa Leão XIV, na altura ainda Cardeal Provost, partilhou artigos críticos das posições do vice-presidente dos EUA, JD vance, sobre imigração
Os cardeais vão votar por uma ordem que já foi definida. A votação tem início com os bispos, depois os presbíteros e, por fim, os diáconos. Dentro de cada categoria, seguem a ordem de senioridade, ou seja, do que ocupa o cargo há mais tempo até o que ocupa o cargo há menos tempo.
A numeração tem como número 1 Pietro Parolin, o secretário de Estado do Vaticano, que é também o favorito na bolsa de apostas, seguido por Fernando Filoni, Luis Antonio Tagle, que também é uma das apostas mais faladas para ocupar o trono de S. Pedro, Robert Prevost e Louis Sako.
Eis a ordem dos votos portugueses:
- Manuel Clemente: 38
- António Marto: 59
- Américo Aguiar: 97
- Tolentino de Mendonça: 118
O novo Papa, o norte-americano Robert Francis Prevost, decidiu adotar o nome Leão XIV, um dos nomes mais escolhidos entre os líderes da Igreja Católica. Os nomes mais escolhidos pelos Papas ao longo da história da Igreja Católica foram João, por 23 vezes, Bento e Gregório ambos por 16, seguidos pelos nomes Clemente e também por Leão, agora com 14. Entre os nomes mais escolhidos estão também Inocêncio, com 12, Bonifácio com nove e Urbano com oito.
A União Europeia (UE) felicitou hoje o novo Papa, Leão XIV, e disse esperar que seja uma voz "no palco global" e que o pontificado seja "guiado pela sabedoria e força" para "promover valores comuns".
"Felicitamos sinceramente a Sua Santidade Leão XIV pela sua eleição enquanto Papa e líder da Igreja Católica", disseram em comunicado conjunto os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia Ursula von der Leyen.
A UE disse esperar que o pontificado de Leão XIV seja "guiado pela sabedoria e força", enquanto lidera a "comunidade católica e inspira o mundo através do seu compromisso com a paz e o diálogo".
"Estamos confiantes de que o Papa Leão XIV vai utilizar a sua voz no palco global para promover valores comuns e encorajar a unidade na procura por um mundo com mais compaixão e mais justo", acrescentaram Costa e von der Leyen.
Os nomes mais apontados por especialistas (e até por casas de apostas) para futuro Papa fazem antever a completa imprevisibilidade da escolha. Apesar de a grande maioria (80%) dos 133 cardeais eleitores ter sido nomeada por Francisco, sobressaem as tendências opostas entre conservadores radicais e progressistas.
Entre os favoritos, destaca-se o português Tolentino de Mendonça. O madeirense de 59 anos tem sido lembrado pelo proeminente papel na cúpula do Vaticano, nomeadamente em artigos recentes publicados nos jornais italianos “La Stampa” e “La Repubblica”, além de outras publicações que não esqueceram o seu desempenho como prefeito do dicastério para a Cultura e Educação. É tido como parte da ala conciliatória dentro da Igreja, próxima, por exemplo, do italiano Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e adepto da proximidade, do diálogo e de uma Igreja aberta a outras religiões e sensibilidades. Chamam-lhe “padre de rua”, dada a sua relação próxima com as pessoas.
Outro dos chamados progressistas é o filipino Luis Antonio Tagle, que apoia a abertura da Igreja Católica a divorciados, a mães solteiras e a quem tem orientação sexual minoritária. O combate à pobreza é outra das suas lutas. A ser eleito, será o primeiro Sumo Pontífice originário do continente asiático.
Igualmente na linha da frente está o francês Jean-Marc Aveline, que defende a abertura da instituição católica e a aproximação a causas sociais, embora seja relutante em relação à aproximação à comunidade homossexual. Próximo do Papa Francisco, com quem mantinha diálogos frequentes, foi apontado por um estudo do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa como o favorito a suceder-lhe.
Mais conservador é Peter Turkson. O ganês nunca escondeu a oposição ao direito ao aborto e à eutanásia. No entanto, é favorável ao fim do celibato dos padres como forma de combater a escassez de pastores da Igreja.
Numa linha intermédia de tendência está Péter Erdo, considerado uma das vozes mais ativas na defesa do diálogo inter-religoso. Ordenado padre em 1975 em plena era comunista na Hungria, os críticos lamentam as suas alegadas ligações ao partido de Viktor Orbán, de extrema-direita.
Esta tarde, pelas 16.30 horas (15.30 horas em Portugal continental), os cardeais participam numa missa celebrada pelo cardeal decano do colégio cardinalício, Giovanni Battista Re, na basílica de São Pedro.
Às 16.15 horas (15.15 horas), encontram-se na capela Paulina. Os cardeais da Igreja latina vestem os cardeais vestem trajes vermelhos, simbolizando o sangue de Cristo e dos mártires. Os cardeais das Igrejas Orientais usam trajes próprios. Enquanto entoam a litania dos santos, os cardeais dirigem-se em procissão para a Capela Sistina. Terminado o último canto litúrgico, "Veni Creator", pronunciam o juramento de segredo.
Por volta das 17.30 horas locais (16.30 horas em Portugal continental), todos, exceto os eleitores, devem deixar a Capela Sistina, no momento em que se pronuncia "extra omnes" que marca o início do conclave. A partir desse momento, os cardeais não terão qualquer comunicação com o exterior até que um novo Papa seja eleito.
Após a primeira votação, sairá fumo da chaminé da Capela Sistina: fumo negro significa que haverá mais votações, branco significa que foi eleito um novo Papa. O primeiro sinal de fumo do conclave papal deverá sair da Capela Sistina a partir das 19 horas (18 horas de Portugal continental).
Todos os dias serão feitas quatro votações. A cada duas votações, sairá fumo da chaminé da Capela Sistina.
O futuro Papa deverá ter pelo menos dois terços dos boletins contados.
Saiu fumo negro da chaminé da Capela Sistina. Depois das duas votações, continuou a não haver consenso para eleger o novo Papa.
Os cardeais irão agora almoçar e regressam às 17.30 horas locais (16.30 horas em Portugal continental) para mais escrutínios. Como esta manhã, só haverá fumo depois da primeira votação da manhã se alguém for eleito com dois terços dos votos. Se voltar a não haver consenso, há nova votação e lançamento de fumo (branco ou negro) ao final do dia.
Terminados os juramentos individuais, o mestre das celebrações litúrgicas pontifícias, o bispo Diego Raveli, anunciou “extra omnes”, que significa "todos fora", mandando sair da Capela Sistina todos os elementos que não vão fazer parte da votação, como o coro e outros funcionários.
Todos os presentes, exceto os cardeais eleitores e algumas autoridades e médicos, saíram e as portas foram trancadas.
Após uma breve meditação, a primeira votação deverá realizar-se ainda esta tarde.
O falecimento do Papa Francisco desencadeia um processo com séculos de tradição para a escolha de um novo Sumo Pontífice. Todos os cardeais são chamados a Roma para se reunirem no Vaticano, dando início ao conclave para a eleição papal.
Entenda como funciona este processo aqui
Leão XIV fez a primeira bênção "Urbi et orbi" (à cidade e ao Mundo), a partir da varanda de São Pedro, depois de uma primeira mensagem de paz e união, perante milhares de pessoas que se juntaram no Vaticano para o saudar.
O primeiro-ministro felicitou o novo Papa Leão XIV e desejou-lhe um pontificado pleno de luz, humanismo e universalismo, promovendo a paz e a compreensão num contexto internacional de instabilidade e de incerteza.
“Felicito Sua Santidade o Papa Leão XIV pela eleição e desejo um pontificado pleno de luz, humanismo e universalismo. Felicito os católicos portugueses e os católicos de todo o mundo”, escreveu Luís Montenegro na rede social X (antigo Twiter).
A seguir, o primeiro-ministro referiu-se à atual conjuntura mundial, afirmando esperar que “nesta hora internacional de grande instabilidade e incerteza, o Papa Leão XIV e a Santa Sé possam ser ouvidos na promoção da paz, da empatia, da compaixão e da compreensão entre todos”.
O primeiro Papa norte-americano e peruano da história fez um apelo à "construção de pontes" por meio do "diálogo", pedindo que se avance "sem medo, unidos, segurando a mão de Deus e segurando a mão uns dos outros".
“Parabéns ao cardeal Robert Francis Prevost, que acaba de ser nomeado Papa. É uma grande honra saber que ele é o primeiro Papa norte-americano. Que emoção e que grande honra para o nosso país”, escreveu Donald Trump na sua rede social, Truth Social.
“Estou ansioso por conhecer o Papa Leão XIV. Será um momento muito significativo!”, acrescentou o chefe de Estado norte-americano.
O novo Papa tem uma ligação muito forte ao Peru, onde passou vários anos, não querendo esquecer a sua diocese naquele país neste momento tão especial. Leia AQUI o perfil de Robert Prevost.
O líder da AD, Luís Montenegro, encontrava-se em Fátima quando começou a sair fumo branco da chaminé da Basílica de São Pedro, no Vaticano, anunciado a eleição no novo Papa, o que considerou "coincidência muito feliz".
Luís Montenegro foi informado da notícia pela comunicação social quando saía de uma loja de artigos religiosos em Fátima. "Eh lá, viemos a Fátima e há fumo branco", exclamou.
O facto dos cardeais eleitores terem precisado de apenas quatro votações para escolher um novo Papa é “um sinal claro da unidade da Igreja”, disse, esta quinta-feira, o cardeal Giuseppe Versaldi, na sala de imprensa do Vaticano.
Versaldi é prefeito emérito do Dicastério para a Cultura e Educação. Tem 81 anos e como tal não esteve entre os 133 cardeais presentes no conclave que elegeu o sucessor do Papa Francisco.
“A humanidade precisa de Cristo como ponte para ser alcançada por Deus e pelo seu amor. Ajudai-nos, e ajudai-vos uns aos outros, a construir pontes".
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou, esta quinta-feira, uma mensagem de felicitações ao novo Papa, Leão XIV, expressando com "profunda alegria" em seu nome pessoal e em nome do povo português. "O presidente Marcelo Rebelo de Sousa expressa a profunda alegria com que, em seu nome pessoal e em nome do povo português, saúda o Papa Leão XIV", lê-se numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
"Que a paz esteja convosco", foram as primeiras palavras do novo Papa.
Natural de Chicago, tornou-se prefeito do Dicastério para os Bispos, encarregado de nomear bispos em todo o mundo, em 2023.
Prevost foi missionário no Peru e, anos depois, foi nomeado arcebispo emérito de Chiclayo, no país andino. Era o presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina.
Ainda antes de surgir à varanda, onde o Cardeal Protodiácono Mamberti irá anunciar “Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam!”, o novo Papa passará pela Capela Paulina, ao lado da Capela Sistina, onde decorreu o conclave, para rezar, antes de se dirigir à população.
O lançamento do fumo branco, esta tarde de quinta-feira, deixou os milhares de católicos que aguardavam de olhos postos na chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, em euforia.
Todos os olhos se voltam agora para a varanda de São Pedro, para ver quem foi eleito para suceder ao Papa Francisco, um reformador argentino que morreu no mês passado após 12 anos como líder da Igreja.
O novo pontífice será apresentado em latim com o nome papal que escolheu e dirigir-se-á ao mundo pela primeira vez.
O decano do Colégio Cardinalício disse esperar que fumo branco possa ser visto, esta tarde, para indicar que os 133 cardeais eleitores, fechados desde quarta-feira na Capela Sistina, elegeram um novo Papa.
“Espero que no meu regresso a Roma, esta noite, encontre fumo branco (...) e seja eleito o Papa que a Igreja [Católica] e o Mundo precisam hoje", disse o cardeal Giovanni Battista Re, em Pompeia, no sul de Itália, onde se deslocou para uma cerimónia religiosa.
Os dois primeiros fumos foram negros, indicando que os cardeais não conseguiram eleger um novo Papa após as duas votações realizadas esta manhã na Capela Sistina e na quarta-feira no início do conclave.
Vivas e celebrações na Praça de São Pedro, repleta de gente. Ouvem-se os sinos a rebate.
O fumo negro expelido pela chaminé da Capela Sistina pelas 11.50 horas locais (10.50 horas em Portugal continental) surpreendeu os milhares de crentes que aguardavam na Praça de São Pedro, em Roma, pelos resultados da votação da manhã para novo Papa.
Entre eles estava o padre Miguel Cavaco, 36 anos, que promete vir todos os dias à Praça ver o resultado da votação do Colégio Cardinalício para o sucessor de Francisco. “Esperamos um Papa de unidade, não que seja uma solução de consenso, mas de unidade”, afirmou o sacerdote nascido em Barrancos. “Unidade não é unicidade”, acrescentou o amigo, o brasileiro António Augusto, à saída da Praça de São Pedro.
Leia a reportagem do jornalista da agência Lusa, Paulo Agostinho, aqui.
Depois de uma manhã de desilusão, com fumo negro a sair da chaminé da Capela Sistina, regressa a expetativa. Se a primeira votação da tarde resultar na eleição de um Papa, haverá fumo branco cerca das 16.30 horas. Caso isso não aconteça, haverá fumo na chaminé a partir das 18 horas.
Os rituais demorados no Conclave Cardinalício estão a condicionar o tempo das votações devido ao número anormalmente elevado de cardeais eleitores, afirmou o historiador espanhol Onésimo Diaz, em entrevista à Lusa.
A Comunidade de Sant’Egídio em Moçambique disse, esta quinta-feira, que o cardeal Matteo Zuppi, um dos apontados para suceder ao Papa Francisco, salvou “milhões de moçambicanos” ao negociar o fim do conflito entre forças governamentais e Renamo.
“Ao nos libertarmos da guerra civil através dos esforços de Matteo Zuppi, demonstra como a sua vida foi importante e colocada ao serviço da vida de milhões de moçambicanos para os salvar. Hoje, Moçambique, apesar de ainda viver grandes dificuldades, já não se pode falar de mortes por causa da guerra civil”, disse o vice-presidente da Comunidade de Sant’Egídio, Nelson Moda, em declarações à Lusa.
O cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, é apontado como um dos nomes "papabili", favoritos para suceder Francisco, no conclave que arrancou na quarta-feira.
Os cardeais envolvidos no conclave no Vaticano vão regressar à Capela Sistina, na manhã de quinta-feira, para votar novamente sobre quem deverá ser o próximo Papa.
No primeiro dia do conclave, saiu fumo negro da chaminé, o que significa que os cardeais não conseguiram chegar a uma decisão.
Já se foram juntados muitos fiéis na Praça de S. Pedro que, de olhos postos na chaminé da Capela Sistina, esperam um sinal de fumo branco, que simbolize a eleição do Papa.
Os cardeais estão agora a fazer a primeira votação do dia. Se chegarem a uma conclusão, será enviado o sinal de fumo branco. Se os resultados não forem conclusivos, haverá uma segunda votação ainda esta manhã, depois da qual será enviado um sinal de fumo branco ou negro, conforme os resultados, para informar o Mundo sobre o que se passa no conclave.
Foto: AFP
Cerca das 6.30 horas locais (5.30 horas em Portugal continental), os cardeais tomaram o pequeno-almoço antes da missa.
Esta quinta-feira, estão marcadas quatro votações, duas de manhã e duas ao final da tarde. A primeira votação será às 10.30 horas locais (9.30 horas), seguida de outra às 12 horas locais (11 horas).
Os cardeais almoçarão, seguindo-se mais duas votações aproximadamente às 17.30 horas locais (16.30 horas) e às 19 horas locais (18h). Mas nem sempre há fumo para cada um dos quatro votos. Nas primeiras votações da manhã e da tarde, só há fumo branco se for escolhido um novo Papa. Caso contrário, existem apenas dois lançamentos de fumo: ao final da manhã e ao final da sessão da noite.
Fumo negro saiu hoje da chaminé do Vaticano às 21 horas locais (menos uma em Portugal continental), para indicar que os 133 cardeais eleitores, reunidos em conclave desde a parte da tarde ainda não chegaram a consenso sobre o próximo Papa. Esta foi a única votação do dia e a primeira do conclave para escolher o sucessor do papa Francisco (2013-2025). A próxima será amanhã de manhã.
A Rede de Sobreviventes de Abusos por Padres (SNAP), uma organização que denuncia abusos sexuais na Igreja e apoia vítimas, acusou hoje os cardeais Péter Erdo, da Hungria, e Mario Grech, de Malta, de encobrimento.
A organização convocou uma conferência de imprensa em Roma, poucas horas antes da primeira votação do Conclave papal, onde denunciou que ambos os cardeais (agora presentes no Conclave), nas suas funções dentro da Igreja Católica, não agiram adequadamente em casos de abusos sexuais de menores.
Durante a audiência, a SNAP apresentou uma série de alegadas provas que demonstram a má conduta dos cardeais em relação a estes crimes, incluindo cartas assinadas pelo cardeal Grech, nas quais alegadamente se referia a casos de abuso, sugerindo que estava ciente dos mesmos.
Grech é acusado de "aconselhar pessoalmente um sobrevivente sobre o processo canónico, permitindo-lhe manter-se ativo após a denúncia" e de "ignorar as instruções do Vaticano", segundo a organização.
Por outro lado, o cardeal húngaro Péter Erdo é acusado de gerir mal um caso de abuso sexual ocorrido em 2003, no qual a vítima denunciou o incidente e o clérigo recusou encontrar-se com o jovem, que foi detido após uma das suas tentativas para o persuadir.
Segundo a organização, durante a investigação, a vítima foi obrigada a consultar vários psicólogos ligados à diocese, o que a organização descreve como uma "forma comum de intimidação" contra os sobreviventes.
A morte do Papa trouxe dúvidas sobre o futuro. Enquanto se chora a partida do sumo pontífice, o Vaticano prepara-se para escolher o sucessor, desafiado a liderar uma Igreja em mudança, mais aberta ao diálogo e às feridas do Mundo. Será possível manter viva a herança de Francisco? Não faltam candidatos ao fumo branco.
Foto: AFP e EPA
Membros de um grupo de mulheres católicas lançaram sinais de fumo cor-de-rosa numa colina atrás do Vaticano, esta quarta-feira, em protesto contra a desigualdade de género na Igreja, horas antes de os cardeais se reunirem na Capela Sistina para escolher o próximo Papa.
Fotos: EPA e AFP
À medida que as portas da Capela Sistina se fecham, a atenção vira-se para a chaminé no topo da capela, que informará sobre o resultado das votações que terão lugar no seu interior. Espera-se que seja lançado fumo - branco ou negro, conforme a votação - daqui a sensivelmente uma hora, pelas 19 horas locais (18 horas em Portugal continental).
Fotos: Alberto Pizzoli e Filippo Monteforte / AFP
Depois da pequena procissão desde a Capela Paulina até à Capela Sistina, os cardeais já estão todos dentro da sala que será encerrada em breve e de onde só sairão quando elegerem um novo Papa. Estão todos nos seus locais designados a cantar a Ladainha dos Santos do Vaticano.
Os cardeais saíram da Capela Paulina e vão agora em procissão para a Capela Sistina, onde vai decorrer a votação à porta fechada.
A procissão foi liderada não pelo decano do Colégio dos Cardeais, Giovanni Battista Re, uma vez que é demasiado velho para participar no conclave, mas por Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, que é também um dos principais candidatos à eleição como o próximo Papa.
Por volta das 19 horas locais (18 horas em Portugal continental), fumo será libertado após a primeira votação. Se for branco, significa que foi eleito um novo Papa, o que, embora não seja impossível, é altamente improvável. Se for negro, continuam as votações amanhã.
Na quinta-feira de manhã, os cardeais tomarão o pequeno-almoço a partir das 6.30 horas locais (5.30 horas) antes da missa às 8.15 horas locais (7.15 horas). Haverá quatro rondas de votação por dia: duas de manhã (10.30 horas e 12 horas locais) e duas à tarde (17.30 horas e 19 horas locais), durante o tempo que for necessário.
Por cada duas votações, haverá um sinal de fumo. O primeiro de quinta-feira pode ser por volta das 12 horas locais, a menos que seja escolhido um novo Papa na primeira votação do dia, caso em que o fumo branco sairá da chaminé por volta das 10.30 horas locais (9.30 horas). Da mesma forma, o sinal de fumo subsequente só aparecerá por volta das 19 horas locais (18 horas), a menos que a primeira votação da tarde for decisiva, caso em que o fumo branco sairia por volta das 17.30 horas locais (16.30 horas).
Fotos: AFP
Cento e trinta três cardeais, quatro deles portugueses, começam, esta quarta-feira, as votações das quais sairá o nome do 267.° Papa da Igreja Católica Apostólica Romana.
A Capela Sistina, no Vaticano, acolhe a reunião secreta, de onde apenas transpirará informação para o exterior através de fumo saído de uma chaminé: negro enquanto não houver decisão, branco quando se fizer maioria.
Os resultados são considerados uma incógnita, com especialistas a apontarem para uma divisão entre os setores mais próximos de Francisco e os favoráveis a uma abordagem conservadora. O encontro de equilíbrios pode ser a chave para solucionar o que parece à partida insanável.
O cardeal Giovanni Battista Re assinalou, esta quarta-feira, o início do Conclave eleitoral para escolher o sucessor do Papa Francisco, falecido a 21 de abril, com a última missa pública dos cardeais antes de se reunirem à porta fechada. A missa Pro Eligendo Romano teve lugar na Basílica de São Pedro às 10 horas locais (9 horas em Portugal continental) e foi presidida pelo decano do Colégio de Cardeais, que já havia celebrado a missa exequial do Papa Francisco, no dia 26 de abril.