IPO do Porto pagou avião, chofer e horas extras para médico trabalhar em Faro

Laranja Pontes presidiu ao IPO entre 2006 e 2019. Pedro Nunes saiu do CHUA em 2016, ao fim de três anos
Foto: Amin Chaar/Arquivo
Ex-presidentes do IPO Porto e do Centro Hospitalar do Algarve acusados de simular adjudicação para suportar despesas de radioterapeuta. Ministério Público exige 95 mil a Laranja Pontes e ex-bastonário do médicos, Pedro Nunes.
Simularam ajustes diretos para remunerar as horas de serviço de um médico radioterapeuta, bem como as suas deslocações, que eram feitas de avião mas pagas ao quilómetro, entre o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e o Centro Hospitalar do Algarve (CHUA), onde o especialista tinha chofer para o levar do aeroporto ao alojamento, também oferecido à custa do erário público. É por estes factos que os ex-presidentes do IPO, Laranja Pontes, e do CHUA, Pedro Nunes, que foi bastonário da Ordem dos Médicos, foram acusados de participação económica em negócio, branqueamento de capitais e falsificação. O Ministério Público (MP) reclama-lhes mais de 95 mil euros.

