Padre que batizou Émile suicidou-se depois de discutir com avô do menino morto em França
O padre que batizou Émile Soleil, o meino de dois anos e meio, que foi encontrado morto em França depois de nove meses desaparecido suicidou-se, no dia 15 deste mês, depois de discutir com o avô da criança, que foi detido esta terça-feira.
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Claude Gilliot, islamologista e professor emérito da Universidade de Aix-Marselha, deixou uma carta de despedida. "Avisa a minha irmã. Diz-lhe que a amo, o meu cunhado, amo-os”, escreveu na missiva, revelada pelo jornal francês "Paris Match".
O padre tinha batizado Émile quando este nasceu e era muito próximo da família Soleil, mas a relação com os avós e os pais do menino terão mudado quando o pároco divulgou junto da Imprensa uma foto de Émile, aquando do desaparecimento da criança. Nessa altura, os avós e os pais do menino tentaram boicotar a capela onde e excluir o padre da comunidade, avança a mesma publicação.
"Só o amor importa. Anunciem o Evangelho", escreveu Claude Gilliot na carta de despedida. "Estou muito zangada com a família do pequeno Émile, porque acho que tudo começou com eles”, explica Claudine Vandenbroucke, irmã do padre, em entrevista ao "Paris Match". O padre trocou insultos com o avô de Émile, que foi detido esta terça-feira, juntamento com a mulher e dois filhos.
A discussão terá levado o reitor da capela a pedir-lhe para mudar-se. “Ele já não dormia. Pediu uma reunião com o bispo. Isto estava a corroê-lo, assim como o facto de já não poder celebrar a missa, ainda para mais na sua aldeia”, explica a irmã, que recebeu um telefonema da polícia a 15 de março a dizer que o irmão se tinha suicidado.