Com um telemóvel, um recluso filmou a produção caseira de vodka destilada com um alambique improvisado, no interior de uma cela. O vídeo foi publicado na rede social Instagram já está a ser analisado por guardas prisionais.
Corpo do artigo
O vídeo mostra o interior de uma cela, onde o recluso instalou, junto do lavatório, vários dispositivos, feitos a partir de baldes e garrafas de água.
Num bidão, onde foram colocadas batatas a fermentar e água, o recluso instalou um sistema para aquecer o líquido. Os vapores são canalizados para um tubo, protegido por uma garrafa de plástico, que passa por um sistema de refrigeração caseiro, feito com a simples água fria da torneira.
O processo de destilação acaba com as pingas de vodka a caíram numa outra garrafa de uma marca da Serra do Caramulo.
As imagens foram publicadas esta quarta-feira num grupo da rede Instagram que mostra a vida dos reclusos no interior das cadeias europeias, com inúmeros vídeos publicados.
O JN sabe que o vídeo já foi visto por elementos do Corpo da Guarda Prisional que estão a investigar para tentar chegar ao local de produção da vodka e à identidade do recluso prevaricador.
O preso arrisca um processo disciplinar pela posse de telemóvel e pela produção de bebida alcoólica.
Questionada pela JN, a DGRSP disse que "a produção e consumo de bebidas alcoólicas, ainda que de carater artesanal, em contexto prisional constitui, nos termos da Lei, uma infração disciplinar que é, naturalmente, objeto de sanção", acrescentando que "no âmbito do trabalho quotidiano de controlo à entrada, posse e circulação de produtos e bens ilícitos em contexto prisional, as bebidas alcoólicas produzidas artesanalmente (por norma resultantes da fermentação de fruta ou das suas cascas em garrafas plásticas de água) são apreendidas e os seu possuidores objeto de procedimento disciplinar".