Candidato à presidência do F. C. Porto volta a atacar a atual Direção, insistindo que o clube está "refém de interesses de pessoas" à volta de Pinto da Costa
Corpo do artigo
Em visita à Casa do F. C. Porto do Luxemburgo, André Villas-Boas apelou ao voto nas eleições de 27 de abril, apelando ao coração azul e branco dos emigrantes. "É muito provável que 25 a 27 mil pessoas apareçam para votar. Serão as eleições mais participadas de sempre. Agradeço a quem viajar para o fazer. Há um universo de emoções e sentimentos junto dos emigrantes. Sei bem o que é ser emigrante e o que é voltar a Portugal, a emoção que se sente", disse, antes de se lançar ao ataque.
"Temos três títulos em 10 anos. Perdemos competitividade. Sonhamos com o título este ano, mas a situação é difícil. A vontade de mudança é evidente. As pessoas já perderam o medo, começam a exprimir-se. A onda é cada vez maior. Depois de uma liderança de 41 anos, a pressão vai estar sobre nós. Depois de a mudança acontecer, vocês vão exigir. Todas as decisões que esta direção tomar no futuro, serão escrutinadas por vocês. Quero rodear-me dos melhores na direção desportiva, no scouting, não ter medo de chamar os miúdos à equipa principal precocemente. Quanto melhor escolhermos o talento, melhor será a sustentatibilidade financeira", afirmou.
"O descalabro financeiro é total. O F. C. Porto está refém dos credores. Há uma pressão iminente sobre a tesouraria. Temos de ser intransigentes na gestão, sem cometer os erros dos últimos anos. Não são coisas só relacionadas com o nosso presidente, mas com pessoas que estão em torno dele. O F. C. Porto está refém de outros interesses e de outras pessoas. Cada transferência privilegia grupos de agentes, com comissões absurdas", referiu, acrescentando: "Não vamos ser brilhantes em todos os mercados, nem encontrar um Falcao ou um Hulk todos os anos. O que não vamos permitir é andar a gastar dinheiro estupidamente em comissões. Temos de ser criteriosos e rigorosos".
"É tempo de dizer já chega. É por isso que vocês estão aqui hoje. Parece que desapareceu o sentimento de pertença e de amor. Somos sempre os últimos a saber. Sai um comunicado de vez em quando a dizer umas verdades que são todas mentira. Chega de mentir aos associados", disparou