Um Portimonense eficaz e reduzido a 10 unidades a partir dos 73 minutos segurou a igualdade (1-1) na receção de ao Famalicão, que desperdiçou mais ocasiões no encontro da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
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Théo Fonseca abriu o marcador, aos 31 minutos, numa primeira parte em que os minhotos se exibiram em excelente plano, mas Hélio Varela empatou, aos 61, e os algarvios recuaram no terreno após a expulsão do avançado equatoriano Ronie Carrillo, aos 73, para somarem mais um ponto.
A igualdade permitiu ao Famalicão retornar, à condição, ao sétimo posto da tabela, com 17 pontos, mais dois do que o Portimonense, que ocupa provisoriamente a 10.ª posição.
O médio Carlinhos foi a única novidade no 'onze' algarvio face à derrota com o Casa Pia (1-0), enquanto o treinador do Famalicão optou por três mudanças em relação ao desaire com o FC Porto (3-0), dando a titularidade ao central Otávio, ao médio Gustavo Assunção e ao extremo Chiquinho.
Antes do início da partida, os algarvios exibiram uma camisola com a inscrição 'Força Mendes', numa mensagem de apoio à recuperação do estado de saúde do presidente do Sporting da Covilhã, José Mendes.
Os minhotos, em '4-2-3-1', dominaram a seu bel-prazer a primeira parte, exibindo qualidade tanto em transições rápidas como na construção mais pausada desde o setor defensivo, e o lateral Francisco Moura a carrilar muito do jogo à esquerda.
Nas primeiras ocasiões do jogo, ambas para os forasteiros, o guarda-redes dos algarvios, Vinicius Silvestre, esteve em grande evidência, com duas excelentes defesas, mantendo o 'nulo' no marcador na primeira meia hora.
Aos seis minutos, superiorizou-se ao isolado Jhonder Cádis, com uma 'mancha' perfeita, e, depois, aos 19, com uma estirada ao ângulo inferior direito impediu a primeira tentativa de Théo Fonseca, após passe atrasado de Gustavo Sá.
Com o Portimonense amorfo, sem receita para travar o ataque famalicense, o primeiro golo surgiu sem surpresa aos 31 minutos, por Théo Fonseca: Francisco Moura centrou rasteiro da esquerda, Alemão cortou em primeira instância, mas ninguém 'aliviou' a bola e o extremo brasileiro surgiu mais rápido a concretizar, no seu primeiro golo com a camisola dos minhotos.
O treinador do Portimonense, Paulo Sérgio, viu o seu meio-campo ser 'engolido' pelo futebol do Famalicão durante a primeira metade e teve de mexer ao intervalo para mudar o rumo dos acontecimentos, apostando nos médios Paulo Estrela e Lucas Ventura, para trocar o '3-4-3' inicial pelo '4-2-3-1'.
Os algarvios melhoraram ligeiramente, mas muitas vezes em esforço e sem clarividência, e o Famalicão esteve perto do 2-0 aos 58 minutos, num livre direto de Justin de Haas, que Vinicius Silvestre defendeu em cima da linha de baliza, com a bola a ressaltar depois no poste direito.
A velha máxima do futebol 'quem não marca arrisca-se a sofrer' ficou patente pouco depois, aos 61 minutos, quando, num ataque rápido, Sylvester Jasper descobriu Hélio Varela ao segundo poste para um cabeceamento certeiro do extremo cabo-verdiano, que assinou o quarto tento no campeonato.
Os algarvios pareciam mais tranquilos após o golo da igualdade, mas, aos 73 minutos, ficaram em inferioridade numérica: Ronie Carrillo viu vermelho direto por entrada de sola sobre Gustavo Sá, apesar de o árbitro Hélder Carvalho ter ido ver as imagens depois de alertado pelo videoárbitro, mantendo a decisão.
O técnico João Pedro Sousa aumentou, de imediato, o contingente ofensivo da sua equipa, 'empurrando' os algarvios para o seu terço defensivo, remetidos nos minutos finais a um '5-4' tático, que conseguiu suster o assédio dos minhotos.