O NSH (Serviço Nacional de Saúde inglês) aprovou, esta quarta-feira, o abaloparatide, um medicamento que previne fraturas ósseas e que pode ajudar mais de 14 mil mulheres na menopausa que sofrem de osteoporose.
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As mulheres mais velhas são quem mais sofre com osteoporose, devido à diminuição de uma hormona importante para a densidade dos ossos, o estrogénio, durante a menopausa.
De acordo com o jornal "The Guardian", a doença crónica progressiva que enfraquece os ossos afeta 3,8 milhões de pessoas no Reino Unido e tem um custo de mais de 4,5 mil milhões de libras (cerca de 5,2 mil milhões de euros) para o país.
A osteoporose pode provocar fraturas bastante dolorosas e está associada a um aumento de mortalidade. No Reino Unido, as mulheres com mais risco são tratadas com romosozumab ou teriparatida, seguidos de bifosfonatos como o ácido alendrónico. No entanto, nem todas respondem da mesma forma à medicação.
O abaloparatide, que aumenta a densidade óssea ao estimular as células que produzem novos ossos, foi aprovado hoje pelo National Institute for Health and Care Excellence (NICE). O medicamento vai estar disponível no SNS inglês daqui a cerca de três meses e é administrado através de uma injeção diária.
O diretor do instituto, Jonathan Benger, chamou a atenção para o facto de a osteoporose poder ser "debilitante", bem como o seu impacto em "todos os aspetos da vida quotidiana como, por exemplo, não sair para dar um passeio porque as mulheres têm medo de cair e sofrer uma fratura".
O comité independenteda do NICE "considerou que o Abaloparatide é clinicamente e economicamente eficaz na redução do risco de fraturas, dando às pessoas mais independência e, por conseguinte, uma melhor qualidade de vida".
Também a Sociedade Real de Osteoporose (ROS, na sigla em inglês) congratulou-se com o uso do novo medicamento, tendo em conta "o grau de incapacidade que estas fraturas causam" e a "escassez de novos tratamentos na última década e meia".
"Isto irá mudar para melhor muitos milhares de vidas e estamos ansiosos por ver o impacto que terá nas comunidades de todo o país", admite Craig Jones, diretor do ROS.