Curso em Gestão de Dados e Tecnologias em Saúde lançado em parceria com a start-up .what.if. Licenciatura acreditada por seis anos abre em 2025-2026 com 90 vagas.
Corpo do artigo
A nova licenciatura em Gestão de Dados e Tecnologias em Saúde resulta de uma associação entre a Escola Superior de Saúde de Santa Maria (ESSSM), o Instituto Superior de Gestão e Administração (ISLA) de Santarém e o Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) em parceria com a start-up portuguesa .what.if. O curso foi acreditado, sem condições, por seis anos pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) para um máximo de 90 vagas. Com a duração de três anos, entra em funcionamento em 2025-2026, com 30 lugares por cada instituição.
A coordenação geral da licenciatura está a cargo da cofundadora e diretora-executiva da .what.if, Joana Nabais, doutorada em Biologia Básica e Aplicada pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto. Para quem este “consórcio é, de facto, um cenário perfeito”, na medida em que cada instituição contribui com a “sua área de especialização e excelência”. O curso, adianta Joana Nabais, decorrerá “sincronamente nas três instituições”, sendo que em cada ano os estudantes realizam estágio.
A .what.if.i nasceu há três anos pelas mãos de “doutorados em Ciências da Vida e da Saúde que deixaram a academia e integraram a indústria”. Constatando, prossegue, que as ferramentas utilizadas estavam “desajustadas para análise de dados”. Ajustadas e adequadas então pela start-up “para análise de dados experimentais clínicos, gestão laboratorial e gestão hospitalar”.
Porque, explica aquela responsável, “os dados existem e são cada vez mais, o que não existe é uma camada intermédia, que é o que suporta a decisão”. No fundo, “capitalizar esses dados”, não “apenas para monitorização de processos, mas para permitir a previsão e a antecipação, absolutamente essenciais em Saúde”.
Nesse sentido, a nova licenciatura pretende, no primeiro ano, abordar o “negócio da saúde”; numa segunda etapa trabalhar a agregação e o tratamento de dados; e, por fim, a sua "representação e comunicação”, sintetiza a cofundadora da .what.if. Tendo como público-alvo maiores de 23 anos e outros regimes especiais de acesso ao Ensino Superior, alunos de cursos de curta duração (CTeSP) ou de outras licenciaturas e profissionais da área que pretendam uma especialização.
O novo ciclo de estudos estará nesta quarta-feira em destaque no colóquio "Innovation in Health Data and Technologies", evento focado na inovação e transformação digital na área da saúde e que decorre durante a tarde no ISEC Lisboa.