O primeiro-ministro avisa que quem quiser saber o que se passou na reunião de terça-feira “vai ter que esperar 30 anos pela libertação das atas”.
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À margem da inauguração do supercomputador Deucalion, esta quarta-feira, na Universidade do Minho, em Guimarães, António Costa insistiu em não se pronunciar sobre o que se passou no Conselho de Estado de terça-feira. O primeiro-ministro vinca que “não há nenhum diferendo com o Presidente da República” e defende que não fala sobre as reuniões do Conselho de Estado porque se considera um político “institucional”.
António Costa afirma que “há uma regra que diz que estas reuniões são reservadas e confidenciais”. O primeiro-ministro lembra que “a lei até prevê que a ata da reunião de ontem só esteja disponível publicamente 30 anos depois do final do mandato do atual Presidente da República. Se tiverem paciência, em 10 de março de 2056, terão acesso à ata”, ironiza.
Relativamente às acusações lançadas por Luís Montenegro, que o acusa de ter estado “amuado” durante a reunião dos conselheiros de Estado, António Costa diz que não é dado a amuos. O primeiro-ministro devolve o remoque, lembrando Luís Montenegro que “o líder da oposição é ele, portanto, o debate político que tem que fazer com ele é no Parlamento”.
Para António Costa, “quem nos últimos tempos tem promovido fugas seletivas de informação ou contado mentiras, sobre o que acontece no Conselho de Estado, presta um péssimo serviço à democracia e às instituições”.