PSP fez buscas em casa do aluno que ameaçou com “massacre” em escola de Santo Tirso
A PSP fez buscas, no último domingo, na casa de um aluno, de 16 anos, que, através das redes sociais, ameaçou realizar um atentado contra os colegas de uma escola de Santo Tirso.
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O caso também está a ser investigado pela Polícia Judiciária e foi comunicado ao Ministério Público, que deverá ordenar uma avaliação psicológica do adolescente. Para já, o jovem foi suspenso das atividades letivas.
O aluno da Escola Tomaz Pelayo, descrito como introvertido e solitário, já estava sinalizado pela Escola Segura da PSP, que, no entanto, não registou qualquer ato de bullying que o tenha envolvido. A família também confirmou às autoridades policiais que o rapaz estava a ter acompanhamento psicológico, mas todos ficaram surpreendidos com as mensagens publicadas por este, no passado sábado.
Nas redes sociais, o adolescente escreveu que estava com vontade de levar a cabo “um massacre escolar” e ameaçou os colegas que, acusava, o ridicularizaram e o fizeram sofrer com atos de bullying. Ao mesmo tempo, publicou imagens de uma pistola e um vídeo com casos de jovens homicidas.
Polícias e professores alarmados
As publicações depressa começaram a circular pela Internet e chegaram ao conhecimento de um agente da Esquadra de Santo Tirso que, alarmado com o que viu, informou os colegas da Escola Segura para o que se estava a passar. Também a direção da escola soube das publicações nas redes sociais e enviou uma mensagem à comunidade escolar a dar conta que o vídeo e imagens com as ameaças tinham sido transmitidos às autoridades, às quais foram pedidas medidas para garantir a segurança de alunos e professores.
Já no domingo, os polícias contactaram a família do aluno, que revelou que este andava a ser acompanhado por um psicólogo. A mãe permitiu ainda que os agentes falassem diretamente com o jovem e este confirmou a autoria das mensagens. Nessa altura, a PSP realizou buscas à residência da família, mas nada encontrou de suspeito.
No final, o aluno voltou às redes sociais para pedir desculpa pelas ameaças feitas, alegando que tinha sido uma “brincadeira de mau gosto”, que não se repetiria.
Já nesta segunda-feira, o adolescente foi suspenso pela direção do estabelecimento escolar e não frequentará as aulas, pelo menos, durante esta semana. Segundo o JN apurou, o rapaz deverá, igualmente, ser sujeito a uma avaliação psicológica, a ordenar pelo Ministério Público. Mediante o resultado, poderá enfrentar um processo judicial. A Polícia Judiciária, entretanto acionada, irá efetuar diligências para perceber se o aluno chegou a preparar alguma das ameaças que fez e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens irá seguir o jovem.
Apesar destas diligências, alguns pais não permitiram que os filhos fossem à Escola Tomaz Pelayo nesta segunda-feira e declaram que só o farão quando forem reforçadas as medidas de segurança. Um dos encarregados de educação referiu, ao JN, que não foi a primeira vez que o jovem efetuou ameaças, mas nunca com esta dimensão e gravidade.