Boavista perde em casa com o Gil Vicente e, agora, só a matemática alimenta sonho da permanência dos axadrezados. Depois de oito jogos sem ganhar, minhotos voltaram a sorrir graças à noite de grande inspiração do filho de Pena, antigo avançado do F. C. Porto.
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O Estádio do Bessa era o palco de uma autêntica final entre duas das equipas em pior momento no campeonato e o Boavista não conseguiu superar a pressão, sofrendo uma derrota que compromete, e muito, a permanência na Liga. Já o Gil voou nas asas de Pablo e voltou a sorrir depois de oito jornadas sem vencer.
Afundadas no último lugar, as panteras ainda mostraram bastante rigor defensivo numa primeira parte pobre e na qual o medo de vencer foi, de parte a parte, superior à vontade de ganhar. No entanto, tudo mudou entre os 55 e os 65 minutos da etapa complementar.
Um pontapé de canto apanhou a defesa do Boavista a dormir e Pablo não perdoou, com o ponta de lança a chegar ao segundo menos de 60 segundos depois: um erro inacreditável de Fogning permitiu a recuperação de Fujimoto, com o japonês a assistir para o remate de primeira do filho de Pena, antigo avançado do F. C. Porto.
Um remate de Touré e uma defesa incompleta de Tomas Vaclik deixaram a bola ao mercê do hat-trick de Pablo, antes de os ânimos se exaltarem no Bessa. Touré, ao ser substituído, provocou os adeptos axadrezados e acabou expulso. Mesmo em vantagem numérica, o melhor que as panteras conseguiram foi reduzir, já para lá dos 90, graças a uma grande penalidade convertida por Bozenik. A sete jornadas do fim e a oito pontos do 15.º classificado só um milagre pode salvar o Boavista da descida.