
Foto: Gerardo Santos / Global Imagens
Luís Montenegro, líder do PSD, anunciou esta quinta-feira que o acordo da Aliança Democrática garante para o CDS-PP "dois lugares claramente elegíveis" nas legislativas, designadamente nas listas de Lisboa e do Porto. E prevê que possa assegurar mais eleitos se a Direita reforçar a votação também em Braga e Aveiro.
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O líder do PSD abriu a reunião do Conselho Nacional, chamado a aprovar a Aliança Democrática para as legislativas e europeias com o CDS-PP e o PPM, bem como a inclusão de independentes de vários quadrantes nas listas que serão, por sua vez, aprovadas no próximo dia 15.
Montenegro destacou que a coligação "tem já um acordo substantivo relativamente aos propósitos políticos" e que a sua apresentação e formalização públicas serão feitas no próximo domingo, na Alfândega do Porto, às 17.30 horas.
"Obviamente que quer o CDS-PP, quer o PPM vão integrar as nossas listas. No caso do CDS-PP com um nível de representatividade que garante desde logo a constituição de um grupo parlamentar. Isso vai se consomar com uma primeira linha de representação que passa por dois lugares claramente elegíveis nas nossas listas de Lisboa e do Porto", afirmou.
Além disso, há "uma segunda linha de acréscimo de representação em função do crescimento eleitoral que formos capazes de alcançar" e "estou convencido de que vamos claramente consegui-lo, através do 16.º candidato em cada uma destas listas, de Lisboa e do Porto, e depois uma terceira linha de vitória mais folgada e robusta, que não é impossível, e que passa pela atribuição ao CDS do décimo mandato na lista de Aveiro e do 11.º na lista de Braga", acrescentou. E sublinhou que os centristas farão parte de todas as outras listas mas em condições que não permitem novos mandatos.
Em 2022, o PSD elegeu 13 em Lisboa, 14 no Porto, sete em Aveiro e oito em Braga.
Já o PPM terá, por sua vez, o 19.º lugar na lista pelo círculo de Lisboa.
Antes, à chegada para o Conselho Nacional do CDS, em Lisboa, Nuno Melo desejou que, após a Comissão Política Nacional ter aprovado por unanimidade a AD, haja “o mesmo resultado" por parte dos conselheiros centristas "ou, pelo menos, uma maioria muito expressiva”. Mas não quis revelar os lugares elegíveis, dizendo que nem aos conselheiros iria adiantar detalhes.
Melo não poupou críticas ao líder do PS, considerando que as declarações sobre os CTT “confirmam a impreparação”. Um caso que mostra “a rotina daquilo que os portugueses não devem querer mais”. Aproveitou para criticar o ex-ministro pelo “surto amnésico” no caso das indemnizações milionárias da TAP, ou ainda o facto de ter decidido investimentos nos aeroportos “sem conhecimento do primeiro-ministro”.
Quanto às questões que quer ver no programa eleitoral, destacou, por exemplo, que “é preciso salvar a escola pública e o SNS”, retirando deste “a ideologia”, que levou ao fim das parcerias público privadas.

