Pedro Costa, o agente da PSP conhecido pela vigília na escadaria do Parlamento e desse modo desencadeou manifestações inéditas em Portugal anunciou esta quinta-feira que vai entregar arma de serviço e manter-se sentado durante todos os turnos.
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Através de um vídeo divulgado na plataforma Telegram, Pedro Costa, que presta serviço na Divisão de Segurança Aeroportuária do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, explicou que será essa a sua nova forma de luta, após as vigílias no Parlamento.
"Por não me sentir valorizado nem reconhecido pelo Estado, nem ter condições remuneratórias, irei entregar voluntariamente a arma de fogo de serviço que me foi distribuída, o que irei fazer enquanto essa situação não for alterada, permanecendo sentado até ao final do turno", referiu Pedro Costa.
Divergências com a plataforma sindical
Segundo o mesmo agente da PSP, esta quarta-feira, na marcha do Porto, quando agentes entoavam o seu nome, após três ou quatro vezes, na tentativa de iniciar um entoar de Pedro Costa geral, houve a tentativa, concretizada, de apagar esses cânticos".
"Isso foi algo peculiar e público que aconteceu e demonstra bem a posição dos sindicatos sobre mim", afirmou Pedro Costa, fazendo questão de salientar que a sua deslocação à marcha de quarta-feira na cidade do Porto "foi paga do próprio bolso".
Pedro Costa voltou a manifestar divergências com a Plataforma Sindical que organizou também a marcha desta quarta-feira, no Porto, referindo que "os discursos foram mais de propaganda sindical".
O polícia disse que "metade dos colegas não estão sindicalizados e a outra metade está sindicalizada por causa dos serviços de internet, seguros e descontos", classificando os sindicatos como "vendedores de serviços". "Se calhar há que abrir os olhos", sugeriu.
Pedro Costa referiu que tal como no dia da manifestação em Lisboa, "também no mesmo dia há uma grande operação policial mediática", o que ainda segundo o agente policial, "tem de ser combatido com concentrações diárias" entre os agentes policiais.