Modelo de helicóptero que caiu no Douro teve quatro acidentes em Portugal desde 2015
Um helicóptero de modelo AS350B3 - Écureuil caiu, esta sexta-feira, no rio Douro, em Lamego, matando pelo menos dois militares da GNR. Este modelo já esteve envolvido em quatro outros acidentes em Portugal desde 2015, um dos quais foi fatal para o piloto.
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Em agosto de 2015, um helicóptero deste modelo caiu na localidade da Lapa, freguesia de Refoios do Lima, em Ponte de Lima, depois de combater um incêndio em Valença e enquanto se dirigia para Arcos de Valdevez, onde estava baseado. A bordo estavam um piloto e cinco elementos de combate aos fogos. Dois ocupantes sofreram ferimentos ligeiros.
Dois anos depois, em agosto de 2017, um helicóptero caiu durante o combate a um incêndio em Alijó, no distrito de Vila Real. O acidente não fez vítimas, tendo o piloto sido conduzido ao hospital por precaução.
No mesmo mês, um piloto português de 51 anos morreu depois de o helicóptero que comandava ter batido num fio de alta tensão enquanto combatia um incêndio em Cabril, em Castro Daire. A aeronave, que estava sediada no Centro de Meios Aéreos de Armamar, incendiou-se após a colisão, o que impossibilitou a saída do piloto.
Em 2020, em Góis, um destes helicópteros tombou ao descolar durante uma sessão de treino.
O AS350 - Écureuil (que mais tarde passou a designar-se AH125) é um modelo ligeiro e polivalente, que começou a ser produzido em 1990 pela Aérospatiale e depois, a partir de 2014, pela Airbus. Foi desenhado para substituir os Alouette, que até há pouco tempo era usado pela Força Aérea Portuguesa. Podem ser do tipo B2 ou B3, sendo que a maioria a operar em Portugal são do tipo B3. Tem habitualmente capacidade para cinco passageiros, para além do piloto, dependendo da configuração pedida pelo cliente. É utilizado por várias forças de polícia e de proteção civil em todo o Mundo. O helicóptero acidentado no rio Douro, esta sexta-feira, é operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, no Algarve.