Corpo do artigo
Foi uma época de sobressaltos, quase interminável pela dificuldade de viver com uma equipa assim, sem razão para lutar e sem norte adivinhável. O último jogo da época ofereceu a terceira vitória consecutiva da era Anselmi (algo que ainda não havia sucedido) e confirmou o terceiro lugar com apuramento directo para a Liga Europa. Mas não só de boas notícias se fez o fim. A um mês do Mundial de Clubes, este F. C. Porto é um deserto de ideias, francamente mediano e amplamente antecipável, não fosse a genialidade de Rodrigo Mora e a segurança de Diogo Costa. O que nos reservará este mês de ausência até à competição será muito do que poderemos vir a ter na nova época. Caso não sejamos capazes de crescer em qualidade de jogo no Mundial, será perturbador olhar para uma nova época.
Com um onze a confirmar a confiança que Anselmi deposita no plantel curto que tem, foi Francisco Moura a confirmar o bom final de época. De Fábio Vieira, a impressão de que a saída talvez esteja tão iminente como o seu desejo. De Samu, a ideia de que precisa ser servido de outra forma. De Pepê, a permanente sensação de que é um jogador à procura de ser resgatado para o que pode fazer de melhor. De Diogo Costa, a síndrome da despedida. Este é um F. C. Porto a precisar de resolver as dúvidas sem demora. A pré-época conta com um Mundial de Clubes, pelo que será vital não deixar escapar essa oportunidade de crescer em competição. A Supertaça conquistada no início da temporada, misto de audácia e loucura, foi o melhor que esta época deixou, ao primeiro jogo. O que diz muito.
*Adepto do F. C. Porto