Sucesso do programa vai exigir esforço verdadeiramente nacional, dizem Bruxelas e FMI
A Comissão Europeia e o FMI consideraram, quinta-feira, que o sucesso do programa de ajuda a Portugal vai exigir um esforço verdadeiramente nacional, considerando ainda que a verba adiantada demonstra o empenho da comunidade internacional.
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"A economia portuguesa enfrenta desafios consideráveis e cremos que os passos audaciosos que estão a ser dados lhe permitirão regressar ao bom caminho. O sucesso do programa vai exigir um esforço verdadeiramente nacional", consideraram o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Oli Rhen, e o presidente do FMI, Dominique Strauss-Khan, numa declaração escrita conjunta distribuída aos jornalistas antes da conferência de imprensa da 'troika'.
"O apoio financeiro total agora concedida pela União Europeia e pelo FMI - 78 mil milhões de euros- indica claramente o empenhamento da comunidade internacional no sentido de ajudar a garantir que Portugal ultrapassará as suas dificuldades", dizem ainda.
"Este é um momento decisivo para Portugal. Diante de nós encontram-se desafios significativos. O povo português têm demonstrado muitas vezes ao longo da sua história que é capaz de estar à altura dos desafios. Temos total confiança de que os portugueses o farão de novo", pode ler-se na declaração das duas entidades.
Oli Rhen e Strauss-Khan deixaram ainda uma palavra para a necessidade de as autoridades protegerem os grupos mais vulneráveis.
"Reconhecemos que este programa implicará grandes esforços para o povo português. Neste contexto, apoiamos vivamente a intenção das autoridades no sentido de protegerem os grupos mais vulneráveis e garantirem que o programa será executado de forma socialmente equilibrada", escreveram os dois responsáveis.
"Um dos objectivos do substancial apoio externo agora concedido consiste em reduzir os custos sociais das alterações económicas necessárias", justificaram.
"Prestamos a Portugal o mais vivo apoio", concluem.a, em sede de IVA e de impostos especiais sobre o consumo".