"Medidas seriam menos restritivas se Portugal tivesse pedido ajuda antes", diz Jurgen Kroger
As medidas que constam no acordo de entendimento entre o Governo e a 'troika' seriam "menos restritivas nalgumas áreas" se Portugal tivesse pedido ajuda mais cedo, afirmou, quinta-feira, o chefe de missão da missão, Jurgen Kroeger.
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A 'troika considerou que o PEC IV que o Governo apresentou em Março e foi chumbado no Parlamento pela oposição "era um bom ponto de partida", disse Jurgen Kroger.
O chefe da delegação do FMI, Poul Thomsen acrescentou que o "Governo já estava a meio caminho do que agora foi traçado, mesmo antes de começar a negociação".
Em conferência de imprensa destinada a explicar os termos do acordo de ajuda externa a Portugal, o representante da Comissão Europeia, Jurgen Kröger, explicou que o PEC IV "não era suficientemente profundo em reformas estruturais", uma vez "que se concentrava apenas em medidas fiscais".
O representante do FMI na 'troika', Poul Thomsen, considerou que ao PEC "faltava medidas mais específicas" e "tinha falhas em termos de reformas estruturais e no sector financeiro".
"O objectivo de [reduzir o défice para] 3,9% não estava a ser bem conseguido através do PEC IV", disse Poul Thomsen.