
O objetivo da greve é contestar os cortes salariais aplicados à Função Pública
Steven Governo/Global Imagens
Os sindicatos da TAP vão propor aos trabalhadores da companhia a realização de uma greve já em março, estando em aberto os dias de paralisação, para contestar os cortes salariais de que vão ser alvo, pela primeira vez, em fevereiro.
Os pormenores do protesto vão ser decididos até ao final da semana pelos trabalhadores da TAP, em assembleias-gerais e em plenários de trabalhadores, mas os oito sindicatos vão propor a convocação de uma greve para março, um cenário que foi debatido na reunião da passada sexta-feira, em que faltou acordo em relação à data e ao número de dias de paralisação, segundo adiantaram à Lusa dirigentes sindicais.
O objetivo da greve é contestar os cortes salariais aplicados à Função Pública, entre os 3,5% e 10%, em salários brutos acima dos 1.500 euros, previstos no Orçamento do Estado 2013, processados, pela primeira vez, no recibo de fevereiro.
Quando a data da greve for fechada, os trabalhadores da TAP já terão recebido o primeiro salário com os cortes salariais, depois de, em janeiro, a empresa não ter aplicado as reduções salariais previstas no OE2013, documento que eliminou a possibilidade de haver exceções, como aconteceu nos dois últimos anos (em relação à TAP e à CGD).
Para a próxima sexta-feira, estão marcadas assembleias-gerais do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) e do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) enquanto os restantes vão reunir-se os trabalhadores em plenário, altura em que é expectável que recebam luz verde para avançar com a greve em março, mês em que a procura de voos aumenta com as férias da Páscoa.
Os oito sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP reuniram-se na passada sexta-feira, depois de, na quinta-feira, o Ministério das Finanças ter sido "irredutível" em relação aos cortes salariais na companhia aérea.
Entretanto, a Comissão de Trabalhadores da TAP já disse que está "solidária com todas as formas de luta que os oito sindicatos representativos dos trabalhadores" venham a decidir para contestar os cortes nos salários.
