O presidente norte-americano, Barack Obama, declarou que os Estados Unidos "não se vão deixar intimidar" pela execução do jornalista Steven Sotloff, momentos depois de a Casa Branca ter confirmado a autenticidade do vídeo.
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Em conferência de imprensa, Obama afirmou que neutralizar o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) "vai levar o seu tempo", mas o objetivo é que o EI "deixe de ser uma ameaça" para a região.
Antes, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Caitlin Hayden, tinha anunciado que "os serviços de informações norte-americanos analisaram o vídeo difundido [na terça-feira] e no qual se vê o cidadão norte-americano Steven Sotloff e consideraram que é autêntico".
Catorze dias após a decapitação do jornalista norte-americano James Foley, o EI executou Steven Sotloff, sequestrado em agosto do ano passado na Síria, de acordo com um vídeo divulgado pelo grupo de vigilância de sites fundamentalistas islâmicos SITE.
As imagens suscitaram uma onda de indignação mundial.
Obama, que qualificou o EI "de cancro", ordenou na terça-feira o envio de 350 soldados para Bagdade para proteger funcionários e instalações diplomáticas. Este contingente junta-se aos 470 soldados já destacados, desde o início da ofensiva "jihadista", a 9 de junho.
O EI conquistou zonas do território a norte, a oeste e a leste de Bagdade, perante a retirada das forças armadas iraquianas.
Fortalecido pelo êxito militar no Iraque e na Síria, o movimento proclamou a criação de um "califado" entre os dois países, nas zonas que controla e nas quais é acusado de perseguir as minorias, de realizar execuções sumárias e violações.