Um colunista do Charlie Hebdo, Patrick Pelloux, afirmou esta quinta-feira que o jornal satírico será publicado na próxima quarta-feira, depois de um ataque terrorista na quarta-feira ter matado oito dos seus jornalistas e desenhadores.
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"Vamos continuar, decidimos sair na próxima semana. Estamos todos de acordo", indicou Pelloux à agência France Presse, adiantando que a equipa do jornal se deve reunir em breve.
Pelloux, que é também médico de emergências, disse que os escritórios do semanário não estão acessíveis devido à investigação policial, mas assegurou: "Vamos trabalhar em casa, vamos arranjar-nos".
"É muito duro, estamos todos com a nossa pena, a nossa dor, os nossos medos, mas vamos fazê-lo porque não é a estupidez que vai ganhar. Charb (diretor da publicação, morto na quarta-feira no atentado) dizia sempre que o jornal deveria sair custasse o que custasse", disse ainda.
O advogado da publicação anunciou também que serão impressas um milhão de exemplares.
Fortemente afetado pelo ataque, o Charlie Hebdo já estava ameaçado de falência: deficitário, vende em média cerca de 30.000 exemplares e lançou recentemente um apelo para doações contra o seu desaparecimento.