Angela Merkel ficou chocada com o acidente aéreo nos Alpes que terá causado a morte a 150 pessoas, na maioria alemães e espanhóis. Líderes da comunidade internacional reagem com pesar à tragédia que afeta Alemanha, Espanha e França.
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A chanceler alemã Angela Merkel falou via telefone com o presidente francês, François Hollande, e com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, e "cancelou os seus compromissos para acompanhar a evolução da situação", afirmou o seu porta-voz, Steffen Seibert, num comunicado.
Angela Merkel vai deslocar-se, na quarta-feira, aos Alpes franceses, onde se despenhou um avião da companhia alemã Germanwings com 150 pessoas a bordo, tragédia que provocou "uma dor imensa" a Alemanha, Espanha e França.
A chanceler alemã precisou que os seus ministros dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, e dos Transportes, Alexander Dobrindt, estão a caminho da região.
"Os nossos pensamentos estão neste momento com todas as pessoas que estão a sofrer este imenso pesar", afirmou numa declaração à imprensa em Berlim, acrescentando que "não é o momento" para especular sobre as causas da tragédia.
Há indicação de que no Airbus A320 da companhia alemã Germanwings que se despenhou nos Alpes seguiam 67 alemães e 45 pessoas com apelidos espanhóis.
"Consternado pelo acidente aéreo nos Alpes. Uma tragédia. Trabalhamos com as autoridades francesas e alemãs na investigação", indicou o presidente do Governo de Espanha, Mariano Rajoy, numa mensagem na rede social Twitter.
Mariano Rajoy suspendeu a sua agenda pública no País Basco e deu instruções à ministra do Fomento para viajar imediatamente para França. "Os dados que tenho são preliminares, portanto não poderei dizer coisas que mais tarde não se confirmem. Estamos perante uma notícia dramática e triste, com a perda de muitas vidas humanas", disse Mariano Rajoy numa breve declaração à imprensa em Vitória, no País Basco, onde inaugurou um monumento contra o terrorismo.
"Suspendi a minha agenda [em Vitória] e regresso a Madrid. Dei instruções à vice-presidente para criar um gabinete de crise e à ministra do Fomento [Ana Pastor] para que vá a Marselha, e de lá para o local do acidente, o mais rapidamente possível", realçou.
Pouco tempo depois, o Rei de Espanha, Felipe VI, afirmou numa conferência de imprensa em Paris, ao lado do presidente François Hollande, que também iria suspender a sua visita oficial a França por causa do acidente. "Agradecemos o esforço e a atenção do governo francês. Em conversa com o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, chegámos à decisão de cancelar a viagem, ficando à espera de encontrar datas futuras para continuar esta visita", disse o Rei de Espanha.
O governo espanhol criou um gabinete de crise na sequência do desastre do Airbus A320 da Germanwings, filial de baixo custo da alemã Lufthansa, que partiu de Barcelona rumo a Dusseldorf. Foram decretados três dias de luto oficial.
O Presidente da República português enviou mensagens de condolências ao rei de Espanha e ao chefe de Estado alemão pelas vítimas do acidente aéreo nos Alpes franceses, manifestando o seu pesar, consternação e "sentida solidariedade".
Nas duas mensagens, de teor idêntico, Cavaco Silva diz ter sido com consternação que tomou conhecimento da queda de um avião e "da perda trágica de um elevado número de vítimas" de nacionalidade espanhola e alemã.
Nas missivas, Cavaco Silva transmite ainda sentimentos do seu pesar e "sentida solidariedade" para com os povos espanhol e alemão.