Uma reunião de emergência, centrada na Grécia, entre líderes europeus, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) decorreu, esta segunda-feira, na capital alemã, informaram fontes diplomáticas.
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Os cinco dirigentes europeus decidiram permanecer em "contacto estreito" nos próximos dias, entre si e com Atenas, informou o executivo alemão.
A chanceler alemã, Angela Merkel, o Presidente francês, e os dirigentes máximos da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, do Banco Central Europeu, Mario Draghi, e do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, reuniram-se em Berlim, entre as 20:30 e 23:00 de Lisboa.
Uma nota do Governo alemão especificou que os cinco fizeram o balanço das discussões havidas com Atenas e decidiram prosseguir esta análise "com mais intensidade" e permanecer "em contacto estreito nos próximos dias", como têm estado nos últimos dias, "tanto entre si, como com o Governo grego".
Segundo o diário alemão Die Welt, a reunião procurou construir "uma posição comum" para apresentar aos gregos "uma última oferta".
O encontro não contou com a presença do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que permaneceu em Atenas à espera "de um telefonema".
Uma fonte diplomática revelou porém que os cinco dirigentes reunidos em Berlim não telefonaram a Tsipras.
Jean-Claude Juncker, em entrevista publicada segunda-feira no Suddeutsche Zeitung, não escondeu que a Grécia ia estar no programa das suas conversações com Merkel e Hollande. O seu encontro, oficialmente dedicado à economia digital, começou às 17:15 de Lisboa, e deveria prolongar-se com um jantar de trabalho.
Mas nem Lagarde nem Draghi, que chegaram depois do jantar, tinham visto a sua presença anunciada.
Esta cimeira inesperada realizou-se depois de uma conversa telefónica de Juncker, Merkel e Hollande com Tsipras, na noite de domingo, considerada "construtiva" pelo Governo alemão.
As negociações entre os gregos e os seus credores arrastam-se. Os credores -- UE e FMI -- reclamam reformas e cortes orçamentais, antes de desbloquearem uma última prestação do programa de financiamento, de 7,2 mil milhões de euros, dos 240 mil milhões estipulados desde 2010.