A presidência dos Estados Unidos começou a ponderar uma troca de espiões com a Rússia em 11 de Junho, bem antes da detenção dos dez russos a 27 de Junho, disse hoje, sexta-feira, uma fonte da Casa Branca.
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Durante as negociações com Moscovo, os EUA nomearam as quatro pessoas que foram libertadas pelos russos hoje, correspondendo à sua parte na troca, adiantou a fonte da Presidência norte-americana, que falou sob anonimato dada a sensibilidade do assunto.
A troca ocorreu hoje, sexta-feira, em Viena de Áustria.
A fonte acrescentou que todos os filhos dos agentes russos já saíram dos Estados Unidos para a Federação Russa ou estão em vias de o fazer.
Os agentes russos estiveram sob observação das autoridades norte-americanas durante uma década.
A decisão de avançar para a sua detenção foi precipitada por indicações de que alguns estavam a planear sair dos EUA durante este Verão.
O caso foi levado à Casa Branca em Fevereiro por dirigentes do FBI, da CIA e do Ministério da Justiça, que apresentaram os contornos gerais do que era conhecido como "o programa dos ilegais" e algumas especificidades sobre as pessoas envolvidas.
Seguiram-se semanas de reuniões na Casa Branca sobre o que fazer. No início de Junho foi tomada a decisão de agir contra os russos e em 11 de Junho o presidente norte-americano, Barack Obama, foi informado sobre o assunto: os planos para as detenções, como seriam realizados, quais as acusações e quais poderiam ser os impactos nas relações com a Rússia.
Apenas 13 dias depois de ser informado sobre o caso, Obama encontrou-se com o presidente da Federação Russa, Dmitri Medvedev, na Casa Branca, em Washington, de onde saíram para irem comer hambúrgueres, sem ter mencionado o assunto dos espiões.