Os ministros dos Negócios Estrangeiros de França e da Roménia acordaram "regressar a um tom racional e procurar soluções" em conjunto para resolver a questão dos ciganos.
"Tive ontem (terça-feira) à tarde uma conversa com o meu homólogo francês Bernard Kouchner. Acordámos não reduzir a relação franco-romena a este assunto, regressar a um tom racional e procurar soluções", disse o chefe da diplomacia romena, Teodor Baconschi, à margem da reunião anual dos diplomatas romenos.
Baconschi e Kouchner devem publicar em breve um texto comum em jornais franceses e romenos para afirmarem publicamente essa "vontade política comum", acrescentou.
Paris e Bucareste desejam, segundo Teodor Baconschi, "abordar num tom mais positivo esta questão que inflamou um pouco as relações bilaterais".
O ministro romeno frisou, no entanto, que a Roménia "não aceitará nenhuma forma de discriminação dos seus cidadãos presentes noutros países europeus nem que seja posta em causa a sua liberdade de circulação".
A Roménia apresentou terça-feira à Comissão Europeia a sua posição nesta questão, contestando a amplitude da ameaça de segurança colocada pelos cidadãos romenos invocada por Paris para justificar o desmantelamento dos acampamentos ilegais e o repatriamento de ciganos para os seus países de origem.
Teodor Baconschi, que segunda-feira afirmou que os repatriamentos voluntários a troco de dinheiro "não são uma solução aceitável", insistiu na necessidade de "soluções talvez modestas mas quantificáveis" para favorecer a integração dos ciganos.
