O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schultz disse, nesta quinta-feira, em Estrasburgo, que a atribuição do Prémio Sakharov à jovem ativista paquistanesa pela educação das raparigas Malala Yousafzai é o reconhecimento da sua "força incrível".
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"Ao atribuir o Prémio Sakharov a Malala Yousafzai, o Parlamento Europeu (PE) reconhece a força incrível desta jovem. Malala bate-se com coragem pelo direito de todas as crianças à educação, um direito que é frequentemente negligenciado em relação às raparigas", disse Martin Schulz, ao anunciar aos eurodeputados a vencedora do prémio.
A decisão de atribuir o Prémio Sakharov à jovem paquistanesa - que sobreviveu a um atentado por defender a educação das raparigas no vale de Swat, onde o regime talibã as proibiu de frequentar a escola - foi, nesta quinta-feira, tomada por unanimidade, pelos líderes dos grupos políticos do PE.
O presidente do PE recordou ainda "que cerca de 250 milhões de raparigas no mundo não podem ir livremente à escola", acrescentando que "o exemplo de Malala relembra-nos do dever e da responsabilidade de garantir o direito à educação das crianças. Este é o melhor investimento no futuro".
A cerimónia de entrega do galardão - no valor de 50 mil euros - realiza-se no dia 20 de novembro, em Estrasburgo.
O Prémio Sakharov para a liberdade de pensamento foi atribuído em 2012 ao cineasta Jafar Panahi e à advogada e ativista Nasrin Sotoudeh, ambos iranianos, tendo esta última sido entretanto libertada da prisão.