O presidente do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, anunciou que é, novamente, o cabeça-de-lista do PSD às eleições legislativas regionais, e mostrou-se mais preocupado com a abstenção do que com a oposição.
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"Para mim, a abstenção é mais preocupante do que os partidos da oposição e as instruções que eu dei ao partido foi para se dedicar mais a captar os abstencionistas do que, propriamente, a perder tempo com os partidos da oposição", afirmou Alberto João Jardim, terça-feira à noite, no final da reunião da comissão política regional, que decorreu no Funchal.
O líder do PSD-M acrescentou que "a situação política está bipolarizada" na Madeira: "O povo vai ter que escolher entre mim e as famílias que dominaram a Madeira velha, mais a burguesia rica mascarada de esquerda e os partidos políticos que são as suas marionetas".
Alberto João Jardim repetiu o que disse no domingo, na festa do Chão da Lagoa: "Se não tiver maioria que possa formar governo, 'bye bye', que eu tenho outras coisas para fazer enquanto Deus me der vida".
Questionado se esta decisão resulta de alguma preocupação com o desfecho das eleições, o dirigente respondeu: "Resulta da forma como eu vejo certos sectores da comunicação social se prepararem para não serem imparciais nas próximas eleições".
"Revolução"
O presidente do PSD-Madeira disse ainda que o objectivo dos restantes partidos para 09 de Outubro é um 'case study'.
"Aqui só há um partido que vem para ganhar, é o PSD, os outros todos dizem que não vêm para ganhar, mas para tirar a maioria absoluta ao PSD", declarou Alberto João Jardim, garantindo que os sociais-democratas são a "alternativa".
Segundo o responsável, que é presidente do governo regional da Madeira, o PSD-M deu "prova de competência" na revolução que efectuou no arquipélago, e tem "visão política", ao "fazer as coisas a tempo, que hoje já não podiam ser feitas" devido à crise.
"Não me viram perder a capacidade de liderança", assinalou, apontando a reacção imediata "com as medidas que tinham que ser tomadas, mesmo nos momentos mais difíceis", sublinhou.
Alberto João Jardim adiantou que o PSD-M constitui, ainda, alternativa porque diz que "primeiro está a Madeira e, só depois, o PSD nacional".
Sobre a lista que propôs e a comissão política aceitou por unanimidade, o líder do PSD-M destacou que conseguiu fazer a "renovação de 30%" que "há muitos anos" promove nos 31 primeiros lugares da lista.
O responsável explicou que os sete primeiros lugares são os titulares dos órgãos de governo e do partido, seguindo-se o nome indicado pela Juventude Social-Democrata (JSD-M) e pelos Trabalhadores Social-Democratas (TSD-M).
Nas últimas eleições, em 2007, o PSD-M elegeu 33 dos 47 deputados do Parlamento regional.