O primeiro-ministro afirmou, esta sexta-feira, que o Governo já apresentou aos seus parceiros internacionais "algumas possibilidades" de medidas de redução da despesa que substituam as normas do Orçamento do Estado para 2013 declaradas inconstitucionais pelo Tribunal Constitucional.
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"Estamos a trabalhar desde o primeiro dia para conseguir encontrar um conjunto de novas medidas que tenham, do ponto de vista financeiro, um valor equivalente. Apresentámos já algumas possibilidades aos nossos parceiros, que teremos de aprofundar com eles na próxima semana, quando a troika estiver de regresso a Portugal", afirmou Pedro Passos Coelho, na residência oficial de São Bento, em Lisboa.
Em conferência de imprensa, no final de um encontro com o seu homólogo finlandês, o primeiro-ministro nada adiantou quanto ao conteúdo das medidas que o Governo PSD/CDS-PP pretende adotar, reiterando apenas que estas serão de redução da despesa, num valor global de cerca de 1200 milhões de euros, e que não haverá aumentos de impostos.
Passos Coelho anunciou na mesma ocasião metade dessa redução de despesa será conseguida com novos tetos nos orçamentos ministeriais, a fixar na próxima semana, e outra metade com cortes na nas áreas da segurança social, saúde, educação e empresa públicas.
"Em concreto, essas medidas terão de ser vistas agora em pormenor com a troika, e depois, evidentemente, com os parceiros sociais", disse.
Antes, Passos Coelho referiu que, "na sequência da decisão do Tribunal Constitucional", divulgada na sexta-feira passada,"o primeiro-ministro e os ministros de Estado estiveram concentrados em encontrar respostas que fossem a tempo de uma decisão favorável do Ecofin e de Eurogrupo" sobre os prazos de pagamento dos empréstimos a Portugal. "A minha preocupação esteve concentrada na frente externa", afirmou.