O presidente do PSD e primeiro-ministro afirmou reconhecer a responsabilidade política pela derrota da Aliança Portugal nas eleições europeias, que relativizou, alegando não ter sido tão grande quanto foi prognosticado.
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Numa declaração sobre os resultados das eleições europeias, Pedro Passos Coelho começou por referir que em eleições "só há um que ganha", acrescentando: "Foi o PS que ganhou estas eleições e, portanto, felicito o PS por essa vitória eleitoral".
"A Aliança Portugal ficou, evidentemente, aquém das suas expectativas. Perdemos estas eleições e eu quero, no que me toca, reconhecer a responsabilidade política por este resultado", afirmou depois Passos Coelho, considerando, contudo, que "nem a derrota da Aliança Portugal foi tão grande quanto se prognosticou nem a vitória do PS foi tão folgada quanto foi anunciado".
Passos Coelho disse ainda que, apesar das derrotas nas autárquicas e europeias dos partidos que apoiam o Governo, "todas as possibilidades estão em aberto para as próximas eleições legislativas".
No mesmo sentido, o presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, afirmou: "É verdade, perdemos duas eleições, mas o provérbio não é definitivo: pode haver duas e não haver três".
"Eu não creio que, numas eleições em que dois terços dos portugueses ficaram em casa, se possa dizer que há aqui um voto a pedir eleições antecipadas. Há muitos sinais de preocupação que devem ser lidos pelos agentes políticos, agora, é muito difícil poder dizer que com dois terços dos portugueses em casa há aqui uma vontade de derrubar o Governo, fosse ele qual fosse", declarou.